Jorge Sampaio disse ao Diário Económico que está muito preocupado com a «governabilidade» do País, que ele considera fundamental para assegurar a «estabilidade».
«Governabilidade» e «Estabilidade» são palavras-chave do discurso dos mandantes, praticantes e propagandistas da política de direita - e, na situação actual, a utilização de tais palavras desemboca sempre, inevitavelmente, na necessidade de um governo de bloco central.
Foi assim com o ex-Presidente da República nesta entrevista, e assim foi, por exemplo, com o presidente Van Zeller, há dias...
Num caso e noutro o objectivo é o mesmo: que o futuro governo prossiga, sem entraves de qualquer espécie e em perfeita estabilidade, a política de direita que tem vindo a espalhar a instabilidade na vida da imensa maioria dos portugueses.
Se eu estivesse entre os jornalistas que entrevistaram Jorge Sampaio, ter-lhe-ia pedido que explicasse quais as razões que o levam a defender, para o Governo, uma aliança com o PSD, e para a Câmara de Lisboa uma coligação de «esquerda»
E se ele, recorrendo ao paleio da praxe, fugisse à resposta, chamar-lhe-ia a atenção para dois aspectos:
1 - propondo alianças (que sabe serem inconcretizáveis) com o PCP, atira para este partido as culpas de não haver uma coligação de «esquerda» em Lisboa - e de tal forma o alvo é cirurgicamente esolhido que nesta coligação de «esquerda» que não se concretizará, o BE nunca é citado... o que permite despejar todas as culpas sobre o PCP.
2 - concretizada, ou não, essa coligação de «esquerda» em Lisboa, o PS, com esta manobra, fica sempre a ganhar:
se houvesse coligação, ela daria ao PS aquela imagem de esquerda que tão útil lhe seria para levar por diante, no Governo, a política de direita.
não havendo coligação, fica no ar essa mesma imagem de «esquerda» - da «esquerda» sofredora que fez todos os esforços para uma coligação mas esbarrou na intransigência sectária do PCP...
Como se vê, estes cavalheiros sabem-na toda: seja a inventar manobras politiqueiras do mais baixo nível; seja a organizar provocações como a do passado 1º de Maio; seja a - suprema desvergonha e desfaçatez - praticar uma política de direita em nome da «esquerda» e do «socialismo»...
«Governabilidade» e «Estabilidade» são palavras-chave do discurso dos mandantes, praticantes e propagandistas da política de direita - e, na situação actual, a utilização de tais palavras desemboca sempre, inevitavelmente, na necessidade de um governo de bloco central.
Foi assim com o ex-Presidente da República nesta entrevista, e assim foi, por exemplo, com o presidente Van Zeller, há dias...
Num caso e noutro o objectivo é o mesmo: que o futuro governo prossiga, sem entraves de qualquer espécie e em perfeita estabilidade, a política de direita que tem vindo a espalhar a instabilidade na vida da imensa maioria dos portugueses.
Se eu estivesse entre os jornalistas que entrevistaram Jorge Sampaio, ter-lhe-ia pedido que explicasse quais as razões que o levam a defender, para o Governo, uma aliança com o PSD, e para a Câmara de Lisboa uma coligação de «esquerda»
E se ele, recorrendo ao paleio da praxe, fugisse à resposta, chamar-lhe-ia a atenção para dois aspectos:
1 - propondo alianças (que sabe serem inconcretizáveis) com o PCP, atira para este partido as culpas de não haver uma coligação de «esquerda» em Lisboa - e de tal forma o alvo é cirurgicamente esolhido que nesta coligação de «esquerda» que não se concretizará, o BE nunca é citado... o que permite despejar todas as culpas sobre o PCP.
2 - concretizada, ou não, essa coligação de «esquerda» em Lisboa, o PS, com esta manobra, fica sempre a ganhar:
se houvesse coligação, ela daria ao PS aquela imagem de esquerda que tão útil lhe seria para levar por diante, no Governo, a política de direita.
não havendo coligação, fica no ar essa mesma imagem de «esquerda» - da «esquerda» sofredora que fez todos os esforços para uma coligação mas esbarrou na intransigência sectária do PCP...
Como se vê, estes cavalheiros sabem-na toda: seja a inventar manobras politiqueiras do mais baixo nível; seja a organizar provocações como a do passado 1º de Maio; seja a - suprema desvergonha e desfaçatez - praticar uma política de direita em nome da «esquerda» e do «socialismo»...
13 comentários:
Sabem-na toda e não têm vergonha nenhuma. Enfim, façam o papel deles que agente cá vai andando...
Abraço
Este PS, está a assaltar à mão armada a maioria dos portugueses. Se o PCP não quiser "colaborar" no assalto, o mau da fita é... o PCP. É óbvio!
Até Jorge Sampaio percebeu...
Os mafiosos, mesmo os chorões, sabem-na. toda.
Importantíssimo este post.
Vamos ser acusados (já somos) de inviabilizar a tal coligação em Lisboa (como se fosse possível, ou eles quisessem). Temos de esclarecer, sempre e até ao fim, todas as "nuances" por detrás das afirmações que o ps faz e das nossas razões.
Um beijo grande
Calmamente estão a criar as condições para o bloco central...
Abraço
Post muito importante para desmontar mais uma das muitas artimanhas destes filhos de uma triste mãe.
Vou mandá-lo para os meus contactos.
bjs
É um pândego este Jorge Sampaio.
Até parece que inventou algo que desconheciamos.Para dizer aquilo mais valia continuar a dormir!
Carlos Vale
O PS/governo já está em campanha eleitoral e a táctica começa a ficar clara para todos: Apela à maioria absoluta; prepara o terreno p/ o bloco central; apoia discretamente o BE; ataca o PCP...
Mais um post a enviar para todos os e-mails.
Está nas nossas mãos esclarecer o eleitorado ps, psd e o flutuante (o que pensando que vota na esquerda, vota mal) da importância do voto na CDU. Textos há (na blogosfera como o Cravo de Abril, entre outros), muito elucidativos. Conversas esporádicas em mercados, feiras, cafés, consultórios, transportes, no trabalho, tudo serve para esclarecemos e entregarmos textos que daqui tiramos. A leitura do Avante! é muito importante, como importante é, depois de lido deixamos no café ou nos transportes, há sempre alguém que leia.
Com estas conversas aparentemente descontraídas, consegui que desempregados fossem pela primeira vez ao 1º de Maio, assim como quatro trabalhadores (para já) vão pela primeira vez, no dia 23 de Maio. (Aqui na terrinha fazemos assim).
O papel do ps é destruir, manipular, mentir, atacar.
O nosso é construir, esclarecendo!
GR
Portanto o ideal desta gente é: o PCP modificar-se, arrumar o Maxismo e outros proincipios na gaveta e carregar a sua influência para o lado deles ou então desaparecer. È isso, tanto dá dar na cabeça como na cabeça lhe dar.
Pois comigo não contam, nem com a maioria dos militantes comunistas deste país, que acreditam que é possivél a construção de um Portugal com futuro diferente.
Contentem-se com o Europeu...
beijos
Eles sabem-na toda porque aprenderam com o Cerejeira, o "Botas" o Marcelo, o Carlucci, o "Bochechas"..., etc., etc., etc..
Rui Silva
Crixus: vergonha é coisa que eles desconhecem.
Um abraço.
samuel: já reparaste há quantos anos o PCP é o «mau da fita»?...
Um abraço.
Antuã: são altamente experientes.
Um abraço.
Maria: na voz deles, nós somos sempre os culpados de tudo...
Um beijo grande.
salvo conduto: melhor será, até, fundirem-se num só partido.
Um abraço.
Sal: eles têm uma experiência de largos anos na matéria...
Um beijo.
Carlos Vale; parece que dormir e chorar são seus passatempos preferidos...
Um abraço.
Magnólia: apoiar todos menos o PCP - o único que, de facto, combate a política de direita.
Um beijo.
GR: e construir é muito mais difícil do que destruir...
Um beijo.
Ana Camarra: acreditamos e lutamos por isso com a certeza da vitória.
Um beijo.
Rui Silva: isto é, tiveram bons mestres...
Um abraço.
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