O caso nada tem de inovador, insista-se: trata-se, em todos os aspectos, de uma repetição de outros casos com idênticas génese, desenvolvimentos e objectivos.
Em todos os aspectos: desde a preparação do incidente; à imediata leitura comum do ocorrido por parte dos média dominantes, logo seguida da propagação exaustiva dessa leitura, tornando-a «verdade universal».
A partir daí, é o que estamos a ver, a ouvir e a ler: uma vergonha!
E é o que, presumivelmente, continuaremos a ver, a ouvir e a ler nos tempos mais próximos.
«Agredido», «insultado», «violência», «comunistas», «sectarismo do PCP»: eis como, com meia dúzia de palavras, se constrói uma gigantesca e despudorada operação de propaganda; eis como a acção de meia dúzia de pessoas (uma dúzia?, pronto: uma dúzia) que caíram numa armadilha tosca, foi pretexto para, como desde o início estava previsto, fazer do PCP o alvo a abater e fazer do PS uma cândida e inocente vítima que, nessa qualidade, aproveita para insultar e caluniar o PCP - sem que, neste caso, os insultos e calúnias sejam motivo para qualquer reparo por parte dos média dominantes...
(O editorialista do DN de hoje, talvez por efeito de qualquer longínquo rebate de consciência, reconhece que «os manifestantes que agrediram Vital Moreira» o fizeram «apenas por palavras e alguns gestos sem grande violência»... Mas isso não o impede de seguir o rasto da leitura fabricada e de, até, a cavalgar perigosamente)
«O PCP manifesta a sua discordância e lamenta os incidentes verificados em Lisboa, num acto isolado de alguns manifestantes, mas rejeita as acusações, insultos e calúnias dirigidas pelo PS contra o PCP»: disse o dirigente comunista Francisco Lopes.
E disse bem.
Em todos os aspectos: desde a preparação do incidente; à imediata leitura comum do ocorrido por parte dos média dominantes, logo seguida da propagação exaustiva dessa leitura, tornando-a «verdade universal».
A partir daí, é o que estamos a ver, a ouvir e a ler: uma vergonha!
E é o que, presumivelmente, continuaremos a ver, a ouvir e a ler nos tempos mais próximos.
«Agredido», «insultado», «violência», «comunistas», «sectarismo do PCP»: eis como, com meia dúzia de palavras, se constrói uma gigantesca e despudorada operação de propaganda; eis como a acção de meia dúzia de pessoas (uma dúzia?, pronto: uma dúzia) que caíram numa armadilha tosca, foi pretexto para, como desde o início estava previsto, fazer do PCP o alvo a abater e fazer do PS uma cândida e inocente vítima que, nessa qualidade, aproveita para insultar e caluniar o PCP - sem que, neste caso, os insultos e calúnias sejam motivo para qualquer reparo por parte dos média dominantes...
(O editorialista do DN de hoje, talvez por efeito de qualquer longínquo rebate de consciência, reconhece que «os manifestantes que agrediram Vital Moreira» o fizeram «apenas por palavras e alguns gestos sem grande violência»... Mas isso não o impede de seguir o rasto da leitura fabricada e de, até, a cavalgar perigosamente)
«O PCP manifesta a sua discordância e lamenta os incidentes verificados em Lisboa, num acto isolado de alguns manifestantes, mas rejeita as acusações, insultos e calúnias dirigidas pelo PS contra o PCP»: disse o dirigente comunista Francisco Lopes.
E disse bem.
14 comentários:
Se a comunicação social fosse isenta colocando o que se passa nas Assembleias Municipais, de Freguesia ou no dia a dia, não chegariam 1000 folhas diárias para transcrever os insultos, falsidades e provocações dos militantes do PS com responsabilidades (locais), para com a CDU e o PCP.
Nunca vi por parte da CDU ou dos militantes do PCP, palavras ou gestos de impostura, temos sempre uma posição “politicamente correcta”, mesmo que nos custe.
Também não vi em nenhum jornal, a notícia do descaramento da UGT ao destruir a propaganda da CDU em Lisboa.
O desespero do PS é grande e ficamos a saber quem com ele se solidariza (PSD, BE e CDS). Tão amigos que eles estão!
A Luta é o Caminho!
GR
As peças juntam-se todas. A rapidez com que a Comunicação anti-social divulgou aquilo, o nº de "jornalistas" á volta de VM, o desencontro entre o local previsto e o local para onde foi, a presença de aderentes do BE e gente do "Mayday" a instigar os apupos, a condenação pronta e unissona de todos (do CDS ao BE), etc... Tenho de dar os meus parabéns a quem organizou isto tudo, foi muito bem montado. Como já disse no blog de Daniel Oliveira (outro que pulou de contente com a cena) que foi um novo arrastão, no qual todos os sabujos embarcaram. Socrates hoje foi vitima de algo semelhante e disse achar normal em democracia.
Abraço
A cena repete-se em Melgaço com as afirmações execráveis do presidente da câmara de Ponte da Barca. e Se deixássemos todos de beber vinho da ponte da Barca até que o facínora se retrate?
Aquilo foi tão mal encenado que um dos figurantes da "agressão" foi identificado como dirigente do bloco.
O Carvalho da Silva esteve bem mas não devia ter pedido desculpas, a CGTP-IN não teve responsabilidades nenhumas.
um abraço
Os métodos usados são antigos.
Vamos ter mais disto durante uns tempos, mais vitimização, mais etc. tudo o disseste.
Mas vamos dobrar o nosso esforço colectivo e dar-lhes a devida resposta.
No dia 23!
Um beijo grande
E já viram a posição de dirigentes do BE a defender a linha do PS e a exigir um pedido de desculpas do PCP? O melhor é que no prório vídeo da RTP aparecem dirigentes do BE nos incidentes!
Aconselho verem este EXCELENTE post:
http://salvoconduto.blogs.sapo.pt/80503.html
Vejam entre os segundos 16 e 22.
Há gente do Bloco que devia ter vergonha e perdeu uma excelente oportunidade de ficar calada em vez de destilar o seu já habitual ódio anticomunista. E falo da atitude deplorável de Daniel Oliveira no Arrastão.
Grande postada!!!
Eu já tinha visto esse gabiru na reportagem da RTP
Fernando Samuel
Uma dúvida impõe-se-me ainda agora vi na tv a equipa do Bemfica ser vaiada no aeroporto de Lisboa, será que devemos de pedir desculpas?!
Eu não sou de palavrões mas ocorrem-me uns quantos...
beijos
E rejeita muito bem! Era o que faltava!...
Abraço
À medida que a análise colectiva do "facto" vai prosseguindo - mesmo aqui, na blogosfera - vai resultando evidente que o PCP deve rejeitar e, mais ainda, denunciar o comportamento provocatório e premeditado da "delegação" do PS, visando manifestamente um ilegítimo e condenável aproveitamento político, com propósitos eleitoralistas, a exigir a retractação pública do porta-voz deste partido.
Um abraço.
GR: a comunicação social é do grande capital...
Um beijo.
Crixus: tudo organizado como só eles sabem - e com os acólitos da praxe.
Um abraço.
Antuã: e cenas semelhantes vão ocorrer, certamente: eles são assim, está-lhes no sangue...
Um abraço.
alex campos: totalmente de acordo.
Um abraço.
Maria: sim, é provável que esta seja a primeira de uma longa série de provocações.
Um beijo grande.
Fernando: o post do salvo conduto é magnífico!
Um abraço.
chalana: afinal, a maioria dos que vaiaram o provocador, eram bes?...
Um abraço.
Ana Camarra: a mim também me têm ocorrido uns tantos...
Um beijo.
samuel: obviamente...
Um abraço.
filipe: ou seja: denunciar a monumental provocação montada pelo PS, contra o PCP e contra o Movimento Sindical Unitário.
Um abraço.
Deplorável também é a atitude do camarada Saramago de querer lançar sanções do PCP contra os militantes do PCP que possam ter participado dos apupos ao Vital Nogeira.
Os populares que ali repeliram o Vital defenderam a dignidade do Primeiro de Maio e merecem a minha solidariedade.
É que uma coisa é falar de barriga cheia e outra coisa é falar desempregado e despejado da sua casa como muitos que estiveram neste Primeiro de Maio.
Quando dirigentes do PCP foram agredidos (por capangas dos patrões) em Penafiel por denunciarem a exploração dos operários de uma fábrica, recentemente não houve qualquer sanção e indignação dos moralistas de serviço.
Um abraço,
Luís Rocha
Luis Rocha: Saramago escreveu baseado no que os média dominantes disseram, por isso escreveu «do outro lado» da verdade...
Um abraço.
Mas ficava bem ao Saramago não acreditar tanto nos média dominantes, com toda a certeza ele não é menos ingénuo que eu.
Também lhe ficava bem ler o Avante!, mas tá bem, este é semanário.
um abraço
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