OS HOMENS AMO POR RESPEITO MEU
Os homens amo por respeito meu
e não por mentirosa obrigação
da piedade a que uns subtis se dão
dessa ficção a que se chama céu.
Mais exigente que esses sou-o eu,
senhor da minha determinação.
De que paz é penhor uma explosão?
Que luz acende a escuridão de breu?
Vale-me quanto com trabalho ganho
aleivosia, inveja, ódio, arreganho,
incompreensão, repúdio, sangue, fel.
Ao destino cruel não me submeto.
Enquanto o mundo for assim abjecto
me esforçarei em submetê-lo a ele.
Armindo Rodrigues
5 comentários:
Fabuloso, até vem de propósito para uma troca de galhardetes, posso usa-lo?
beijos
"Enquanto o mundo for assim abjecto
me esforçarei em submetê-lo a ele."
Belo manifesto!
Abraço.
Mas felizmente há coisas que não mudaram: a bela escolha de poemas pelo Fernando. :))
beijos,
Sílvia MV
Mais um belo poema do Armindo Rodrigues, a dar-nos ainda mais força para o que se aproxima...
Um beijo grande
Ana Camarra; claro que podes.
Um beijo.
samuel: dois versos que parecem... muitos...
Um abraço.
Sílvia MV: obrigado.
Um beijo amigo.
Maria: é assim a poesia: uma fonte de força para a nossa luta.
Um beijo grande.
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