Disse Manuela Ferreira Leite que graças a Deus os comícios acabaram.
Pronto, se Deus disse, está dito - e, assim, fica a pobre senhora liberta por Deus do pesado encargo de falar em comícios.
Ainda sobre comícios: «Os comícios em Portugal são mais moderados e um pouco mais tristes»: disse José Sócrates, comentando a forma efusiva como Zapatero foi recebido no comício-a-dois, em Valência.
Pronto, se Sócrates disse, está dito - e, assim, fica o secretário-geral do PS, por um lado, redimido da vergonha de não ter sido por aí além aplaudido no tal comício-a-dois; e, por outro lado, aliviado da vergonha que foi ir discursar em castelhano a Valência e ouvir o Zapatero discursar em castelhano, em Coimbra...
Mas não são apenas os comícios que estão dar que falar: também as grandes mobilizações de massas estão na ordem do dia.
De sábado para cá (obviamente...), um afinado coro de vozes especializadas disse que, tal como os comícios (ou mais ainda...), as grandes manifestações estão «ultrapassadas», «deslocadas da realidade actual», não têm qualquer «significado» nem «consequências» - isto, para além de que 85 mil foi o número fornecido pelo PCP...
E num jornal de hoje, um muito apregoado especialista na matéria, sintetizou assim a coisa: «as grandes manifestações, como a do PCP no sábado, em Lisboa, já pouco valem» - o que vale, isso sim, garante o supra-citado especialista, são «as sondagens»...
Pronto, se eles o dizem, está dito - e, assim, sacodem o receio que a Marcha do PCP/CDU provocou nas hostes dos mandantes e praticantes da política de direita & seus derivados...
Tudo isto exibindo em pleno o carácter da comunicação social dominante e as razões da sua existência - e mostrando, também, que, sem ela, os partidos que dela vivem e de sondagens se alimentam, seriam todos uns ilustres desconhecidos...
Ou, dito de outra forma: sendo a comunicação social dominante propriedade dos grandes grupos económicos e financeiros, os partidos por ela apoiados política e eleitoralmente são aqueles - e só aqueles - que, directa ou indirectamente, servem os interesses dos seus donos.
Desculpem lá a minha insistência...
Pronto, se Deus disse, está dito - e, assim, fica a pobre senhora liberta por Deus do pesado encargo de falar em comícios.
Ainda sobre comícios: «Os comícios em Portugal são mais moderados e um pouco mais tristes»: disse José Sócrates, comentando a forma efusiva como Zapatero foi recebido no comício-a-dois, em Valência.
Pronto, se Sócrates disse, está dito - e, assim, fica o secretário-geral do PS, por um lado, redimido da vergonha de não ter sido por aí além aplaudido no tal comício-a-dois; e, por outro lado, aliviado da vergonha que foi ir discursar em castelhano a Valência e ouvir o Zapatero discursar em castelhano, em Coimbra...
Mas não são apenas os comícios que estão dar que falar: também as grandes mobilizações de massas estão na ordem do dia.
De sábado para cá (obviamente...), um afinado coro de vozes especializadas disse que, tal como os comícios (ou mais ainda...), as grandes manifestações estão «ultrapassadas», «deslocadas da realidade actual», não têm qualquer «significado» nem «consequências» - isto, para além de que 85 mil foi o número fornecido pelo PCP...
E num jornal de hoje, um muito apregoado especialista na matéria, sintetizou assim a coisa: «as grandes manifestações, como a do PCP no sábado, em Lisboa, já pouco valem» - o que vale, isso sim, garante o supra-citado especialista, são «as sondagens»...
Pronto, se eles o dizem, está dito - e, assim, sacodem o receio que a Marcha do PCP/CDU provocou nas hostes dos mandantes e praticantes da política de direita & seus derivados...
Tudo isto exibindo em pleno o carácter da comunicação social dominante e as razões da sua existência - e mostrando, também, que, sem ela, os partidos que dela vivem e de sondagens se alimentam, seriam todos uns ilustres desconhecidos...
Ou, dito de outra forma: sendo a comunicação social dominante propriedade dos grandes grupos económicos e financeiros, os partidos por ela apoiados política e eleitoralmente são aqueles - e só aqueles - que, directa ou indirectamente, servem os interesses dos seus donos.
Desculpem lá a minha insistência...
9 comentários:
Insiste, insiste, insiste sempre!
Abraço.
A comunicação soclal deles manda todas as evidências e todo o raciocínio lógico "p'ra urtigas".
Põem o mundo de pernas para o ar e qualquer dia ainda dizem que a Terra é plana e o Sol quadrado.
Ás vezes sinto-me tão farta deles!
Campaniça
Insistes bem!
O grande problema é que para fazerem um comicio de geito ou uma qualquer acção de massas só com trasporte pago, espectaculo catrapimba e preferencialmente almoço oferecido.
Faz-lhes confusão esta coisa que temos de sacrificar um dia de trabalho ou descanço para nos juntarmos a dar conta da nossa razão, mais confusão porque o fazemos voluntáriamente e até pagamos para isso, os que não conseguem ir ficam com pena.
E não somos masoquistas, gostamos tanto de estar sossegados na nossa casa como qualquer um, ou de passar o sabado no campo, na praia, no cinema.
Por fim deixa-me fazer uma correcção, o José Socrates discursou numa destas duas linguas: portinhol ou espanholês, mas em castelhano é que não foi!
Até parece que teve aulas com o Zézé Camarinha...
beijos
Não é insistência, é informação e análise política. Que é sempre tão necessária...
Um beijo grande
Dizia-me (hoje 2ª feira) um fulano de direita.
“Não consigo entender!
Como é possível vocês encherem Lisboa, com um mar de gente?!!!
Nós damos porco assado, marisco, gastamos um dinheirão com música pimba. Temos umas centenas. Só por causa do comer.
Como é possível ter um mar de gente?!!!
Raio de Partido, como é possível ter ainda hoje, este poder de mobilização?
Conseguem irritar-me!”
Continuei o meu caminho sorrindo,
senti-me tão orgulhosa!
Senti o que todos sentem, por ser do PCP!
GR
Apenas uma pequena corecção ao tesxto:
O homem não falou em castelhano, mas sim em... espanhol! (ele o disse...)
Rui Silva
Eu queria dizer:
"correcção" e "texto".
Rui Silva
O Sr. agente técnico já sabe umas coisas de castelhanês porque não conheço qualquer língua espanhola. Quanto aos pseudo-jornalistas estamos falados.
samuel: que remédio...
Um abraço.
Campaniça: paar eles, informar é dizer o que lhes convém.
Um beijo.
Ana Camarra: sabe-se lá se não teve...
Um beijo.
Maria: insistir, insistir sempre...
Um beijo grande.
GR: razões não nos faltam para estarmos orgulhosos.
Um abraço.
Rui Silva: ele sabe lá o que diz!...
Um abraço.
Antuã: como diria o Eça: é a choldra...
Um abraço.
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