JOEIRA!
Até quando te calarás, povo?
Até quando te quedarás irresoluto?
Até quando te verei receoso?
Até quando serás ingénuo?
Até quando escutarás
os pregadores
que exploram
a tua inefável candura?
Mestres e guias infalíveis...?
Há-os de voz potente
e de botas ferradas;
há-os mais suaves,
até angélicos
e muito sábios...
Há os que usam, com palavras demasiado escolhidas,
a tua língua.
Joeira, povo,
com uma peneira finíssima
e esfrega a pele
nos cardos que te rodeiam
até que a dor se torne insuportável,
até sentires a dor soar
como um clarim de combate.
Félix Cucurull
8 comentários:
Não sei até quando mas já podiam acordar.....
Olha lá, agora a calunia é tipica dos comunistas?!
Fantástico!
Beijos
Tão em cheio... que parece ser posto à mão! :-)))
«Até quando escutarás
os pregadores
que exploram
a tua inefável candura?»
Enquanto os jornais e televisões se mantiverem nas mãos de meia dúzia de grupos económicos, a situação manter-se-á.
Fez-me bem ler este poema!
GR
A GR tirou-me as palavras do teclado.
Beijinhos
Se tiver que ser assim, assim será...
Quanto tempo mais, as várias dores?
Um beijo grande
(vou levá-lo, sei que posso)
Desgasta o espírito lutar por um povo liberto e vê-lo preso ás rotinas de opressão, apegado a elas, afeiçoado a elas. Mas a causa revolucionária é um chamamento maior a quem acredita numa humanidade mais igual, livre e justa. Um dia conseguiremos, nem que demore gerações a derrotar o capitalismo e a opressão. Um dia os povos serão livres.
Escusado será dizer, excelente poema. Se puder ser, vou colocá-lo no meu blog, com a devida referência ;)
Ana Camarra: então não sabes?: tudo o que é mau é típico dos comunistas...
Um beijo.
samuel: os poetas são tramados...
Um abraço.
Diogo: essa é uma questão fundamental.
Um abraço.
GR: também a mim...
Um beijo.
Sal: um beijo amigo.
Maria: Muito, muito tempo, mas terá fim...
Um beijo grande.
ComRevDe: Vai demorar gerações e derrotaremos o capitalismo.
(com ou sem referência, coloca o poema no teu blog)
Um abraço.
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