A propósito da audição de Oliveira e Costa no Parlamento, escreveu Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto do Correio da Manhã:
«Esta é a maior e também a mais indecorosa novela portuguesa dos tempos modernos, com manifesto reflexo na credibilidade dos políticos, dos partidos, dos banqueiros e das instituições.»
A intenção da prosa é óbvia: distribuir as culpas por todos os políticos e por todos os partidos - que é a melhor forma de, por um lado, aliviar as culpas dos verdadeiros culpados; de, por outro lado, espalhar a ideia de que os partidos são todos iguais; e de, com tudo isto, ocultar a verdadeira causa deste e de muitos outros casos que por aí andam à espera do carimbo «arquive-se!»: a política de direita que há 33 anos flagela Portugal praticada por governos PS e PSD - sozinhos, de braço dado, e com ou sem o CDS/PP atrelado.
A prova de que o «caso BPN» é um filho natural da política de direita, está no caudaloso envolvimento nele de governantes de governos de Cavaco Silva - que foi, durante trágicos dez anos, um dos mais exímios praticantes dessa política antidemocrática e antipatriótica, ao serviço dos interesses do grande capital.
Ora, metendo todos os partidos no mesmo saco, Eduardo Dâmaso produz a misturada que mais convém aos beneficiários da política de direita.
Que os outros se sintam bem assim ensacados, é natural: estão em casa...
Mas há um partido que não entra nesse saco, e tentar metê-lo lá é tempo perdido: porque essa não é a sua casa; porque é diferente dos que são todos iguais: porque é O Partido.
«Esta é a maior e também a mais indecorosa novela portuguesa dos tempos modernos, com manifesto reflexo na credibilidade dos políticos, dos partidos, dos banqueiros e das instituições.»
A intenção da prosa é óbvia: distribuir as culpas por todos os políticos e por todos os partidos - que é a melhor forma de, por um lado, aliviar as culpas dos verdadeiros culpados; de, por outro lado, espalhar a ideia de que os partidos são todos iguais; e de, com tudo isto, ocultar a verdadeira causa deste e de muitos outros casos que por aí andam à espera do carimbo «arquive-se!»: a política de direita que há 33 anos flagela Portugal praticada por governos PS e PSD - sozinhos, de braço dado, e com ou sem o CDS/PP atrelado.
A prova de que o «caso BPN» é um filho natural da política de direita, está no caudaloso envolvimento nele de governantes de governos de Cavaco Silva - que foi, durante trágicos dez anos, um dos mais exímios praticantes dessa política antidemocrática e antipatriótica, ao serviço dos interesses do grande capital.
Ora, metendo todos os partidos no mesmo saco, Eduardo Dâmaso produz a misturada que mais convém aos beneficiários da política de direita.
Que os outros se sintam bem assim ensacados, é natural: estão em casa...
Mas há um partido que não entra nesse saco, e tentar metê-lo lá é tempo perdido: porque essa não é a sua casa; porque é diferente dos que são todos iguais: porque é O Partido.
6 comentários:
Excelente prosa, esta!
Na tentativa do "são todos iguais", depois repetida pela ignorância com que nos cruzamos, há um Partido que é diferente de todos os outros, sim: o Nosso Partido!
Um beijo grande
Não entra e muito bem!
Era coisa para até provocar alergias, coisas estranhas na pele... o diabo! :-)))
Abraço.
Bem podem tentar desacreditar os partidos colocando-os a TODOS no mesmo patamar. A maioria do povo sabe e diz, quando nos insurgimos “lá isso é verdade, os comunistas são muito honestos!” mesmo aqueles que nunca votarão em nós!
GR
Há trinta anos neste truque. Quando se vêm desmascarados isolados das promessas que sabiam não cumprir, vêm em doses massiças e de vários tons proclamar: São todos iguais! Qual o sociólogo que explica que isto justifica a tontaria, para não dizer outra coisa, depois de 30 anos de desilusões, não decidem mudar de voto e afundam-nos a todos cada vez mais. Acordem e votem de vez na diferença: CDU !
Abílio
Não interessa falar nisso!
Maria: e que diferença!...
Um beijo grande.
samuel: era coisa, assim para envenenar. Ou pior...
Um abraço.
GR: o que é preciso é levarmos esses a dar o necessário passo em frente...
Um beijo.
Abílio: adquirir essa consciência libertando-se do «cerco», é muito difícil. Mas lá chegaremos...
Um abraço.
Ana Camarra: pois...
Um beijo.
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