Na sua crónica de hoje no Jornal de Notícias, Manuel António Pina comenta criticamente - e com justeza, a meu ver - as Queima das Fitas: «alarvidades+Quim Barreiros+garraiadas+comas alcoólicos»...
A dada altura, o cronista faz comparações:
«No antigo regime, os estudantes universitários eram pomposamente designados de "futuros dirigentes da Nação". Hoje, os futuros dirigentes da Nação formam-se nas "jotas" a colar cartazes e a aprender as artes florentinas da intriga e da bajulice aos poderes partidários, enquanto à Universidade cabe formar desempregados ou caixas de supermercados».
É verdade que assim foi - e é quase verdade que assim é.
No que respeita ao passado, há apenas a lamentar que o cronista, em vez de escrever «antigo regime» não tenha escrito regime fascista, e assim se tenha deixado levar, inadvertidamente, na onda de branqueamento do fascismo dos historiadores de serviço...
No que respeita ao presente, metendo as «jotas» todas no mesmo saco, o cronista procede a uma generalização bem ao arrepio da realidade.
É que, de facto, da mesma forma que os partidos não são todos iguais, também as «jotas» não o são, como nos mostra a prática da Juventude Comunista Portuguesa, distinta da de todas as outras «jotas» - essas, sim, todas iguais entre si.
Dir-me-ão que se trata de um pormenor.
Talvez.
Ou talvez não. Porque como a vida e a experiência nos mostram, às vezes, o chamado pormenor revela-se como autêntico pormaior...
A dada altura, o cronista faz comparações:
«No antigo regime, os estudantes universitários eram pomposamente designados de "futuros dirigentes da Nação". Hoje, os futuros dirigentes da Nação formam-se nas "jotas" a colar cartazes e a aprender as artes florentinas da intriga e da bajulice aos poderes partidários, enquanto à Universidade cabe formar desempregados ou caixas de supermercados».
É verdade que assim foi - e é quase verdade que assim é.
No que respeita ao passado, há apenas a lamentar que o cronista, em vez de escrever «antigo regime» não tenha escrito regime fascista, e assim se tenha deixado levar, inadvertidamente, na onda de branqueamento do fascismo dos historiadores de serviço...
No que respeita ao presente, metendo as «jotas» todas no mesmo saco, o cronista procede a uma generalização bem ao arrepio da realidade.
É que, de facto, da mesma forma que os partidos não são todos iguais, também as «jotas» não o são, como nos mostra a prática da Juventude Comunista Portuguesa, distinta da de todas as outras «jotas» - essas, sim, todas iguais entre si.
Dir-me-ão que se trata de um pormenor.
Talvez.
Ou talvez não. Porque como a vida e a experiência nos mostram, às vezes, o chamado pormenor revela-se como autêntico pormaior...
8 comentários:
Existe uma diferença por maior entre a JCP e as outras jotas.
É que enquanto as outras jotas são meras incubadoras de futuros dirigentes dos partidos do sistema - muitos deles também estão na universidade e infiltram-se em Associações Académicas inconsequentes- a JCP está junto dos alunos, no secundário e no superior, rejeitando sempre as propostas que ponham em perigo a carácter público do Ensino.
Com a juventude trabalhadora, a JCP tem também um papel mobilizador, visando sempre uma classe trabalhadora reivindicativa e pronta a levar as suas exigências à luta.
Quanto ao artigo citado em si, lembremos que o Ensino Superior não serve para formar elites, mas para formar e educar o povo, de modo a colocar nas mãos do povo e dos futuros trabalhadores o destino da nação.
E claro, quando se mete tudo no mesmo saco incita-se a popularidade da ideia de que «os políticos são todos iguais» e não vale a pena esforçar-se envolver-se na política, na democracia.
Esta atitude, muito promovida pelo capital, leva a uma democracia falsa, oca e podre, a um povo oprimido mas ao mesmo tempo desmotivado para a verdadeira mudança, a ruptura com as políticas do Capital.
Fernando,
As outras "jotas" tentam parecer-se à JCP, disso não tenho dúvida, a questão é que, a debilidade de claudicar ante interesses que lhes retiram o futuro de debaixo dos pés, por parte dos seus correspondentes senior, lhes impede a emancipação que eliminaria a possibilidade de encetar um futuro hipotecados.
Considerando que assistimos ao desfalecimento do capitalismo, uma das conclusão à qual se pode chegar é que, também a JCP engloba a vanguarda das juventudes e que esta sim, esta deverá ser quem agarre o futuro de Portugal nas mãos, a condição, essa, será assumir que a luta continua e que parte do caminho está percorrido.
A revolução é hoje!
Os detalhes são tão importantes....
beijos
A eterna tentativa de "meter tudo no mesmo saco", que lhes serve tão bem...
Um dia destes alguém irá escrever ou dizer que "em política é tudo igual". É o que lhes interessa...
Um beijo grande
E nós somos diferentes.
Seremos sempre diferentes!
Só não compreendo como é possível o MAP, ter um discurso tão diferente do que escreve no JN.
GR
As "misturadas" servem sempre a alguém!
Abraço.
A desinformação, a generalização propositada serve sempre aos mesmos, e os mesmos interesses.
Viva a JCP, pela sua diferença.
E porque é a MAIOR de todas as juventudes partidárias.
Beijinhos
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