«QUEM QUER A CARLA?»

Para o bom cumprimento da sórdida tarefa que lhes está atribuída, os fabricadores da União Europeia do Grande Capital não olham a meios para alcançar os fins.
O caso do Tratado Porreiro, Pá é exemplar do desprezo a que estes fabricadores votam os princípios e valores democráticos: sabendo que não tinham garantida previamente a vitória do «sim», estes democratas-de-repúblicas-de-bananas não hesitaram em mandar às urtigas o, por eles tão propalado «pilar da democracia» que é o sufrágio universal.

Como sabemos, a pecadora Irlanda tem vindo a passar um mau bocado por ter sido o único país a agir democraticamente...
E de então para cá, os eurodemocratas da treta tudo têm feito para descobrir uma golpaça para ludibriar uma vez mais a democracia. Ou seja: uma golpaça que transforme em «sim» o «não» dos irlandeses: repetir o referendo é uma hipótese, mas... o ideal seria não correr tal risco...

E tantas são as «hipóteses» e tão grande é a desvergonha destes cavalheiros que já nada surpreende, mesmo quando falam em tom supostamente brincalhão.
Nada surpreende: nem que seja a oferta pública de venda de uma primeira-dama, como aconteceu há dias.
Foi o caso de um assessor de Sarkozy que, instado por uma jornalista irlandesa a falar de Carla Bruni, respondeu deste jeito:

«Se os irlandeses querem a Carla, têm que votar como deve ser no Tratado de Lisboa».

É claro que não é lícito classificar - nem eu classifico - tal oferta como uma trivial operação de proxenitismo.
Contudo, recorrendo ao tom supostamente brincalhão do assessor, dá vontade de perguntar se «a Carla» está em condições para dizer sim a todos os irlandeses que votarem «sim»...

3 comentários:

Sal disse...

Também apanhei essa de passagem, em destaque numa revista facha como tudo chamada "Visão".
Até gera sentimentos de... asco!

bjs

Anónimo disse...

É a Europa prostituta.

Fernando Samuel disse...

sal: de asco e...

Um beijo amigo.

pintassilgo: ou isso...
Um abraço.