No final de um encontro, em Washington, com o chefe do governo iraquiano, Jalal Talabani, no decorrer do qual foi discutida a questão das tropas norte-americanas no Iraque, Bush informou ter entregue a «proposta de um acordo muito conveniente para o governo iraquiano». Por seu lado, Talabani afirmou a sua «disponibilidade para cooperar de forma a chegar rapidamente a um acordo».
As declarações dos dois «presidentes» dão a ideia, em primeiro lugar, de que estamos perante um caso exemplar de diálogo aberto, civilizado e democrático entre dois chefes de Estado ; e, em segundo lugar, que ambas as partes se mostram interessadas na procura da solução séria para um complexo e grave problema - que, aliás, tem atrás de si um trágico rasto de violência, de barbaridade, de destruição, de terror.
Todavia, nem tudo o que parece, é - e, na verdade, neste caso concreto a realidade é bastante diferente das aparências...
É isso que pode concluir-se lendo os termos do «acordo» proposto por Bush, que o jornal britânico The Independent divulgou.
De acordo com a proposta norte-americana, o «acordo» prevê, designadamente:
a manutenção de meia centena de bases militares dos EUA no Iraque;
o controlo do espaço aéreo iraquiano;
a liberdade de movimentos e de acção para as unidades militares norte-americanas em todo o território;
a liberdade para prender iraquianos;
a imunidade legal para soldados e mercenários dos EUA...
Para além disso - e como prova das boas e democráticas intenções de Bush - o Iraque deverá assinar o «acordo» até finais de Julho. Se o não fizer até à data «proposta», o governo dos EUA «confiscará os 50 milhões de dólares iraquianos depositados no Banco da Reserva Federal de Nova York.»
Realmente, em matéria de pragmatismo e de exercício de democracia aplicada, não há como os EUA. Dá gosto vê-los...
As declarações dos dois «presidentes» dão a ideia, em primeiro lugar, de que estamos perante um caso exemplar de diálogo aberto, civilizado e democrático entre dois chefes de Estado ; e, em segundo lugar, que ambas as partes se mostram interessadas na procura da solução séria para um complexo e grave problema - que, aliás, tem atrás de si um trágico rasto de violência, de barbaridade, de destruição, de terror.
Todavia, nem tudo o que parece, é - e, na verdade, neste caso concreto a realidade é bastante diferente das aparências...
É isso que pode concluir-se lendo os termos do «acordo» proposto por Bush, que o jornal britânico The Independent divulgou.
De acordo com a proposta norte-americana, o «acordo» prevê, designadamente:
a manutenção de meia centena de bases militares dos EUA no Iraque;
o controlo do espaço aéreo iraquiano;
a liberdade de movimentos e de acção para as unidades militares norte-americanas em todo o território;
a liberdade para prender iraquianos;
a imunidade legal para soldados e mercenários dos EUA...
Para além disso - e como prova das boas e democráticas intenções de Bush - o Iraque deverá assinar o «acordo» até finais de Julho. Se o não fizer até à data «proposta», o governo dos EUA «confiscará os 50 milhões de dólares iraquianos depositados no Banco da Reserva Federal de Nova York.»
Realmente, em matéria de pragmatismo e de exercício de democracia aplicada, não há como os EUA. Dá gosto vê-los...
4 comentários:
Dá gosto vê-los... Mas ao longe. Muito ao longe.
E se lhes comprássemos um bilhete só de ida para Marte?
Bjs
Há que reconhecer que é com "negócios" e "acordos" destes que se fica rico e não a trabalhar...
isto é uma mistura de genocídio e de roubo em grande escala sem se ter o pudor de esconder um pouco. É o retrato fidedigno da "Comunidade internacional".
sal: muito, muito, muito longe...
Beijo.
samuel: trabalhar?, era o que faltava!, que trabalhem os outros...
Abraço.
antuã: sem o mínimo pudor, de facto.
Abraço.
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