Um dos muitos métodos de desinformação utilizados pelos média dominantes é a utilização dos títulos como meio de manipulação.
Exemplificando:
Na primeira página do Público de hoje, um título informa-nos que:
«Irão ameaça atacar bases americanas no Golfo».
Depois, lendo a notícia, ficamos a saber que «o Irão ameaça responder a um eventual ataque norte-americano c o com uma operação contra as 32 bases norte-americanas no Golfo Pérsico».
A diferença entre ameaçar atacar e ameaçar responder a um ataque é substancial e põe a nu os critérios (des)informativos do órgão da Sonae.
Com efeito, trata-se de um título no qual o Público empurra os seus leitores para a sua visão dos factos: o Irão é a ameaça brutal, o mal; os EUA são as potenciais vítimas, o bem - por isso, quando os EUA bombardearem o Irão, fá-lo-ão em legítima defesa...
O Público sabe que é elevada a percentagem de leitores que se ficam pela leitura dos títulos; sabe que é ainda maior o número de leitores que, não comprando o jornal, lêem os títulos nos escaparates - e sabe, ainda, que são muitos os leitores distraídos, isto é, os que, mesmo lendo a notícia, já fixaram e tomaram como certa a informação dada no título. Por isso, sabendo o que sabe, e informando como informa, o Público sabe que está a desinformar - neste caso concreto, cumprindo a sua opção de propagandista dos EUA e dos seus interesses.
É claro que ninguém teria nada com isso, se o jornal - pago pela Sonae e dirigido por José Manuel Fernandes - assumisse frontalmente essa vocação propagandista.
Mas não é isso que se passa, bem pelo contrário: o Público não se cansa de nos tentar vender todas as suas excelsas qualidades de jornal de referência, designadamente a sua imparcialidade, independência, isenção, imparcialidade, rigor informativo - e, assim, está a mentir; e, estando a mentir, é necessário que seja desmentido.
Daí este post. No qual se sublinha, ainda, que o que aqui fica dito sobre o Público serve como uma luva à generalidade dos média nacionais.
Exemplificando:
Na primeira página do Público de hoje, um título informa-nos que:
«Irão ameaça atacar bases americanas no Golfo».
Depois, lendo a notícia, ficamos a saber que «o Irão ameaça responder a um eventual ataque norte-americano c o com uma operação contra as 32 bases norte-americanas no Golfo Pérsico».
A diferença entre ameaçar atacar e ameaçar responder a um ataque é substancial e põe a nu os critérios (des)informativos do órgão da Sonae.
Com efeito, trata-se de um título no qual o Público empurra os seus leitores para a sua visão dos factos: o Irão é a ameaça brutal, o mal; os EUA são as potenciais vítimas, o bem - por isso, quando os EUA bombardearem o Irão, fá-lo-ão em legítima defesa...
O Público sabe que é elevada a percentagem de leitores que se ficam pela leitura dos títulos; sabe que é ainda maior o número de leitores que, não comprando o jornal, lêem os títulos nos escaparates - e sabe, ainda, que são muitos os leitores distraídos, isto é, os que, mesmo lendo a notícia, já fixaram e tomaram como certa a informação dada no título. Por isso, sabendo o que sabe, e informando como informa, o Público sabe que está a desinformar - neste caso concreto, cumprindo a sua opção de propagandista dos EUA e dos seus interesses.
É claro que ninguém teria nada com isso, se o jornal - pago pela Sonae e dirigido por José Manuel Fernandes - assumisse frontalmente essa vocação propagandista.
Mas não é isso que se passa, bem pelo contrário: o Público não se cansa de nos tentar vender todas as suas excelsas qualidades de jornal de referência, designadamente a sua imparcialidade, independência, isenção, imparcialidade, rigor informativo - e, assim, está a mentir; e, estando a mentir, é necessário que seja desmentido.
Daí este post. No qual se sublinha, ainda, que o que aqui fica dito sobre o Público serve como uma luva à generalidade dos média nacionais.
7 comentários:
O capitalismo já provou varias vezes que quando se enfrenta com uma crise geral, como a actual, a forma preferida para efectuar uma fuga para a frente é recorrendo a uma guerra, e se não houver inimigo encontra-se um. Parece que o escolhido foi o Irão, e conta com a benção do Publico e de JMF, que certamente estará disposto a ir para a guerra ajudar os bons (os americanos) a salvar o Mundo.
Luva tão "justa" que nem sei como conseguirão descalçá-la (mesmo que queiram) nos próximos tempos.
ò Fernando Samuel
Os portugueses já andam distraídos demasiadamente, já vai sendo tempo, de ficarem; no mínimo desconfiados, estádio que eu penso já ter sido atingido, falta-lhes agora a fase da ousadia, e quando descobrirem que ousar pode ser um meio:-o fim do capitalismo estará muito próximo!
Abraço
É verdade, a desinformação paira nos media, e chega a fazer-me "confusão" como é que gente que deveria estar informada e ler em entrelinhas continua tão 'ignorantemente' a acreditar na informação transmitida na com. social...
Falei exactamente sobre este tema ontem com uma pessoa amiga. Achou que eu estava a inventar...
Obrigada pelo post, Fernando Samuel.
Um beijo.
Tinha reparado nessa desinformação ontem, ao ver a Sic Notícias por volta da meia noite.. Eles andam todos coordenados, o título era:
"Irão volta a ameaçar", e depois a notícia dizia respeito à (legítima) defesa que um país pode ter quando alguém (os EUA) o ameaça.
São piores que dejectos, estes cães de guarda..
bjs
São os novos cães de guarda.
crixus: tudo o que os EUA disserem e fizerem conta com a bênção do Público - que para isso nasceu...
samuel: é justa, de facto, e descalçá-la vai fazer muito sangue...
josé manangão: quando descobrirem, será rápido.. quando descobrirem...
maria: e para essa pessoa era óbvio que estavas a inventar: é esse o grande problema.
sal: piore, bem piores...
antuã: de faro apurado...
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