O Público de hoje dedica duas-páginas-duas a Berlusconi.
Trata-se de um texto que descreve, entusiasticamente, as operações plásticas e outros transplantes de cabelo com os quais o primeiro-ministro italiano se transformou num jovem... - podendo dizer-se, sem exagero, que uma peça de propaganda produzida pelos assessores de imagem de Berlusconi não faria melhor trabalho...
O referido texto, em tom de notícia/reportagem - e, repito, contando em pormenor toda a plástica saga berlusconiana, e sempre com um sorriso ora de apreço, ora de simpatia, ora de desatada admiração - insere-se na prática, adoptada por cada vez mais «jornalistas», de promoção de um produto político fingindo que estão a dar uma notícia.
Assim sendo, não há que estranhar que nas duas-páginas-duas não haja uma única referência, por exemplo, à lei que, recentemente, Berlusconi fez aprovar para se safar dos crimes de corrupção de que é acusado...
Mas isso já seria informar com objectividade, coisa que está muito, muito, muito para além dos objectivos editoriais de todos os média dominantes - onde o Público ocupa um destacado e merecido lugar.
Ao qu'isto chegou!...
Trata-se de um texto que descreve, entusiasticamente, as operações plásticas e outros transplantes de cabelo com os quais o primeiro-ministro italiano se transformou num jovem... - podendo dizer-se, sem exagero, que uma peça de propaganda produzida pelos assessores de imagem de Berlusconi não faria melhor trabalho...
O referido texto, em tom de notícia/reportagem - e, repito, contando em pormenor toda a plástica saga berlusconiana, e sempre com um sorriso ora de apreço, ora de simpatia, ora de desatada admiração - insere-se na prática, adoptada por cada vez mais «jornalistas», de promoção de um produto político fingindo que estão a dar uma notícia.
Assim sendo, não há que estranhar que nas duas-páginas-duas não haja uma única referência, por exemplo, à lei que, recentemente, Berlusconi fez aprovar para se safar dos crimes de corrupção de que é acusado...
Mas isso já seria informar com objectividade, coisa que está muito, muito, muito para além dos objectivos editoriais de todos os média dominantes - onde o Público ocupa um destacado e merecido lugar.
Ao qu'isto chegou!...
7 comentários:
Os pasquins, expressão da ideologia dominante, estão cada vez pior, até mesmo os chamados de referencia como o DN, Publico ou Expresso. Já chegou ao estado em que desisti de os ler, sendo raro ler-se uma noticia objectiva, e habitual ter de se ler opiniões e até mesmo operações de branqueamento da verdade como se fossem noticias.
Esperemos que as "plásticas" tenham sido feitas com bons plásticos recicláveis, pois todos os dias vão sendo necessários mais e mais penicos...
Abraço (a apertar o nariz)
crixus: só com um esforço grande, grande, se consegue ler estas «coisas»...
Abraço.
samuel: Abraço (de nariz apertado)...
Vergonha e raiva, pela falta de vergonha e pela impunidade...
-E tudo isto democráticamente, é isso que mais me irrita, é a vassalagem dos povos que parecem predestinados a serem enganados de quatro em quatro anos, aceitando e legalizando com o seu voto, esta condenação a que nos sujeitam, desde anascença até á morte.
Porra para esta gente, que nem sequer aprende a desconfiar.
Estes jornais fedem horrorosamente.
justie: eles permitem-se TUDO.
josé manangão: é que as «eleições democráticas» são cada vez menos democráticas...
antuã: e o mau cheiro invade o País...
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