POEMA

NOVA VASSALAGEM


Subitamente os periódicos, a rádio,
propõem virilmente a indignação.

Doloroso é o instante em que a fissura
ameaça a ordem, abala a tradição,
golpeia a calma espessa que sugere
falsamente uma paz.

É preciso de novo, é necessário
confirmar.

Aqui, além, os esteios reúnem.
Falam do tempo, dos seus vários comércios;
pesam o valor do susto que os ronda.

Redigem o impresso, a anestesia. Assinam
em rigorosa ordem hierárquica.

O telegrama parte.


Egito Gonçalves

7 comentários:

samuel disse...

O telegrama parte... e infelizmente ainda chega a muitos lugares.

Anónimo disse...

È pena que, muitos ainda se deixem anestesiar, enquanto outros não se cansam de lutar, tudo será mais fácil quando todos lutarem, contra o inimigo comum, de todos os trabalhadores.
Lutaremos, de braço dado com o tempo, enquanto o tempo for de luta.
Abraço

Anónimo disse...

Só há pouco encontrei este blog, através de outro blog de um camarada, mas rapidamente o elegi como um dos de consulta quase diária. É um espaço com tanta propriedade e conteúdo!... E os poemas são exímios.
bem-haja (s).
SMV

Ana Camarra disse...

E o pior é que são efecientes....

Maria disse...

E nós temos que fazer passar a mensagem!
É o trabalho que sempre fizemos, e que nos compete.

Um beijo grande

Anónimo disse...

Pois é amigos, acabei de ler a frase de apresentação do messeng. da minha filhota é assim:"Estamos numa época em que assusta mais o fim do mês do que o fim do mundo"
Que futuro para os jovens?
Valha-nos a nossa luta e os poemas que aqui nos deixas!
Um abraço para todos
Lagartinha de Alhos Vedros

Fernando Samuel disse...

samuel: se chega!...
Um abraço.

poesianopopular; e o tempo é de luta!
Um abraço.

SMV: obrigado pelas visitas e pelos comentários.
Um beijo amigo.

Ana Camarra: eficientíssimos, infelizmente...
Um beijo.

Maria: e cá estamos para isso.
Um beijo grande.

Lagartinha de Alhos Vedros: palavras bem elucidativas do tempo que vivemos, essas da tua filhota...
Um beijo.