POEMA

FULMINADOS DE ESPANTO


Fulminados de espanto
ensinam:
sempre assim foi
há-de ser sempre assim

Da saudade aberta como gume
na cinza que era fogo
e que perderam

da própria cobardia receada
nada dizem

Ensinam
o denso labirinto do seu tédio


Rui Namorado

4 comentários:

samuel disse...

Certamente, alguém foi deixando cair umas sementes no labirinto. Há que as procurar e seguir o seu rumo...

Abraço

Fernando Samuel disse...

samuel: quem as procurar, seguramente as encontrará...
Um abraço.

Ana Camarra disse...

E ainda assim por muito que o digam há sempre teimosos que sonham e encontram outros caminhos.

Fernando Samuel disse...

Ana Camarra: valham-nos esses teimosos...
Um beijo.