POEMA

MULHER-MAIO


Bom dia minha amiga digo em Maio
és uma rosa à beira dum tractor
neste campo de Abril onde não caio
a nossa sementeira já deu flor.

Bom dia minha amiga eu sou um gaio
um pássaro liberto pela dor
tu és a Companheira donde saio
mais limpo de mim próprio mais amor.

Bom dia meu amor estamos primeiro
neste tempo de Maio a tempo inteiro
contra o o tempo do ódio e do terror.

Se tu és camponesa eu sou mineiro.
Se carregas no ventre um pioneiro
dentro de ti eu fui trabalhador.


José Carlos Ary dos Santos

7 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada, pela prenda linda que aqui deixaste para todas!
Quem melhor que Ary?

Um abraço
Lagartinha de Alhos Vedros

Anónimo disse...

Uma óptima escolha para nos tributar.À semelhança do comentário anterior, o meu obrigada.
SMV

Justine disse...

Apetece cantar este poema, tal o ritmo...

Maria disse...

A ternura imensa do Zé Carlos neste soneto a NÓS todos!

Um beijo grande

Ana Camarra disse...

Lindissimo.

(só não gosto de uma coisa mas depois explico)

Beijos

samuel disse...

A fantástica maneira que o Ary tinha de amar a mulher... de amar em todos cada um.

Abraço

Fernando Samuel disse...

Lagartinha de Alhos Vedros: sim, quem melhor do que Ary?
Um beijo.

SMV: obrigado pela visita e pelo comentário.
Um beijo amigo.

Justine: quem me dera saber cantar...
Um beijo.

Maria: do Ary para nós todos, um beijo grande...

Ana Camarra: então, depois dirás...
Um beijo.

samuel: de amar...
Um abraço.