CASA NA CHUVA
A chuva, outra vez a chuva sobre as oliveiras.
Não sei porque voltou esta tarde
se minha mãe já se foi embora
já não vem à varanda para a ver cair
já não levanta os olhos da costura: ouves?
Oiço, mãe, é outra vez a chuva,
a chuva sobre o teu rosto.
Eugénio de Andrade
4 comentários:
É um arrepio bom... mas dos que doem!
Hoje não te consigo comentar...
Belo Eugénio, sempre!
Um beijo grande
A chuva no nosso rosto, tantas vezes.
beijos
samuel: terrivelmente belo...
Um abraço.
Maria: Percebo...
Um beijo grande.
Ana Camarra: muitas, muitas vezes...
Um beijo.
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