O medo da rua é uma obsessão típica dos representantes do poder capitalista, quer ele se apresente na sua expressão de ditadura fascista (com aconteceu durante 48 anos), quer se exiba na modalidade de ditadura do grande capital (como acontece há 33 anos).
Ficaram célebres as afirmações de Salazar sobre o assunto, especialmente as suas ameaças de não deixar - custasse o que custasse - que o poder caísse na rua.
Também no 25 de Abril, quando Spínola foi ao Quartel do Carmo conferenciar com o fascista Marcelo Caetano, o objectivo era, igualmente, o de não deixar o poder cair na rua.
Ora, com a poderosa manifestação do dia 13, o medo da rua voltou a assaltar os representantes do poder capitalista dominante.
Percebe-se: os actuais executantes da política ao serviço do grande capital nunca tinham visto tanta gente na rua, a contestá-los, a chamar-lhes o que são, a mandá-los dar uma volta, a exigir um outro rumo para Portugal.
E foi esse medo novo que lhes trouxe à memória o medo velho - o medo da força organizada dos trabalhadores em movimento, o medo da multidão em luta - e os pôs a cacarejar, quais galinhas assustadas, contra os perigos da rua...
Dou o exemplo de dois desses bípedes.
Vera Jardim, deputado do PS, cheio de prudência, aconselhou assim: «O Governo deve seguir a sua política, não se deixando influenciar pela rua».
E João Proença - o chefe recém-reeleito de uma central «sindical» que tem como tarefa única estar sempre contra os trabalhadores e do lado do governo do grande capital (seja ele do PS ou do PSD) - logo se apressou a alertar o Governo de Sócrates para não se deixar influenciar pela grandiosidade da manifestação.
Patético, cobarde e sem vergonha, o sindicalista do grande patronato gemeu assim: «mal de nós se o Governo for gerido pela rua».
Quer isto dizer que temos que continuar a vir para a rua, e que é na rua - isto é, com a luta - que correremos de uma vez por todas com esta corja que há mais de trinta anos tudo tem feito para nos roubar Abril.
Ficaram célebres as afirmações de Salazar sobre o assunto, especialmente as suas ameaças de não deixar - custasse o que custasse - que o poder caísse na rua.
Também no 25 de Abril, quando Spínola foi ao Quartel do Carmo conferenciar com o fascista Marcelo Caetano, o objectivo era, igualmente, o de não deixar o poder cair na rua.
Ora, com a poderosa manifestação do dia 13, o medo da rua voltou a assaltar os representantes do poder capitalista dominante.
Percebe-se: os actuais executantes da política ao serviço do grande capital nunca tinham visto tanta gente na rua, a contestá-los, a chamar-lhes o que são, a mandá-los dar uma volta, a exigir um outro rumo para Portugal.
E foi esse medo novo que lhes trouxe à memória o medo velho - o medo da força organizada dos trabalhadores em movimento, o medo da multidão em luta - e os pôs a cacarejar, quais galinhas assustadas, contra os perigos da rua...
Dou o exemplo de dois desses bípedes.
Vera Jardim, deputado do PS, cheio de prudência, aconselhou assim: «O Governo deve seguir a sua política, não se deixando influenciar pela rua».
E João Proença - o chefe recém-reeleito de uma central «sindical» que tem como tarefa única estar sempre contra os trabalhadores e do lado do governo do grande capital (seja ele do PS ou do PSD) - logo se apressou a alertar o Governo de Sócrates para não se deixar influenciar pela grandiosidade da manifestação.
Patético, cobarde e sem vergonha, o sindicalista do grande patronato gemeu assim: «mal de nós se o Governo for gerido pela rua».
Quer isto dizer que temos que continuar a vir para a rua, e que é na rua - isto é, com a luta - que correremos de uma vez por todas com esta corja que há mais de trinta anos tudo tem feito para nos roubar Abril.
11 comentários:
Saber popular
"Têm medo, mas a vergonha é de cão!"
Coitados dos cães, que são mais dignos.
beijos
Ainda não li essas fabulosas declarações do clown Proença. Mas tenho que dizer que não me surpreendem, vindas de quem vêm.
Abraço
Por muito que esperneiem, é lá que vão caír. Hão-de estatelar-se na mesmíssima rua que tanto temem.
Abraço
Ditadura do grande capital - isto é, de novo a ditadura dos monopólios (associados ao imperialismo) e dos latifundiários, recuperada por 33 anos de contra-revolução. E com crescentes traços de terrorista, à semelhança da outra.
Como ontem, como hoje, a luta é sempre a chave da solução democrática e libertadora.
Abraço.
Dá vontade de os comer, só para os poder vomitar.
Abraço
Rui Silva
Já que eles têm tanto medo da rua iremos para lá cada vez em mais número até eles fugirem aos berros.
Eles têm medo da rua, porque têm medo de ser postos na rua, que é o que precisam...
Abraço
Medo da rua e, sobretudo, medo dos arruaceiros.E dos arruaceiros organizados ainda mais.
Já pensaram nos pesadelos dessa gente? Até rangem os dentes.
Campaniça
Ana Camarra: muito mais dignos, sem dúvida...
Um beijo.
Aristides: foi numa entrevista ao Diário Económico.
Um abraço.
samuel: ah!, como eu sonho com esse momento!...
Um abraço.
Filipe: ou seja: ainda sem ser terrorista mas para lá caminhando. Isto se não considerarmos terrorismo o desemprego, a precariedade, os salários e pensões de miséria, a exploração, a pobreza e a miséria, a fome, etc, etc.
Um abraço.
Rui Silva: dessa não me tinha lembrado: é boa!
Um abraço.
Antuã: o Jerónimo parece que te ouviu...
Um abraço.
Crixus: e havemos de o pôr na rua.
Um abraço.
Campaniça: temos que lhes causar mais pesadelos: dia 23 é boa altura para isso...
Um beijo amigo.
E se na rua, todos dissessemos como o Ary, "a mim ninguém me põe a pata em cima" era lindo, não era?
Sairemos à rua as vezes que forem precisas...
Um beijo grande
Maria: e terão de ser muitas... até alcançarmos o nosso objectivo.
Um beijo grande.
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