É intenção explícita deles aprovarem-na - à flexigurança - «até ao final da presidência portuguesa, em Dezembro». Percebe-se a pressa: trata-se de procurarem criar as melhores condições para intensificar a exploração dos traballhadores - e, nesse sentido, não hesitam em remeter para tempos medievais o conceito de relações de trabalho.
Segundo eles (e para eles), a flexigurança é «necessária», indispensável», «inevitável» e, como não podia deixar de ser, vem carregada de «modernidade» e é portadora de um «conceito inovador de racionalização do trabalho».
Porquê?: porque, entre muitos outros atentados aos direitos sociais, sindicais, humanos, lhes permite: despedir trabalhadores sem justa causa; decidir, à sua vontade, sobre remunerações e horários de trabalho; atirar para o século XIX com o direito às oito horas de trabalho; «adaptar» aos seus interesses as férias dos trabalhadores; liquidar a contratação colectiva; liquidar o movimento sindical de classe, unitário, democrático e independente, substituindo-o por uma espécie de «sindicalismo» feito á medida dos interesses do grande capital.
É claro que uma coisa é o desejo dos exploradores e do governo que fielmente os representa, e outra coisa é a concretização desse desejo. No dia 30 de Maio tivemos uma demonstração concreta de quanto vale a força organizada dos trabalhadores: uma força comprovada em muitas lutas anteriores, confirmada na formidável manifestação do dia 5, em Guimarães, e que terá a continuidade necessária nas lutas que aí vêm. Lutas que são para vencer e para as quais é preciso convocar todos homens, mulheres e jovens que são vítimas da política do Governo de Sócrates.
No vídeo logo aqui abaixo, Francisco Van Zeller, em nome da flexigurança, clama pela «racionalização dos quadros de pessoal», que considera «absolutamente indispensável em todo o país».
Registe-se que a voz do patrão da CIP é uma voz do passado: corria o ano de 1960 e também os patrões de então - que eram sustentáculo do regime fascista - proclamavam a «racionalização do trabalho». Responderam-lhes os trabalhadores desse tempo com a luta - e acabaram por vencer.
Respondeu-lhes também Alexandre O'Neill com a arma mais forte que possuía, a Poesia:
«Dize tu: Já começou, porém, a racionalização do trabalho.
Direi eu: Todavia o manguito será por muito tempo o mais económico dos gestos!».
Façamos, então, à flexigurança, o manguito que ela merece.
Segundo eles (e para eles), a flexigurança é «necessária», indispensável», «inevitável» e, como não podia deixar de ser, vem carregada de «modernidade» e é portadora de um «conceito inovador de racionalização do trabalho».
Porquê?: porque, entre muitos outros atentados aos direitos sociais, sindicais, humanos, lhes permite: despedir trabalhadores sem justa causa; decidir, à sua vontade, sobre remunerações e horários de trabalho; atirar para o século XIX com o direito às oito horas de trabalho; «adaptar» aos seus interesses as férias dos trabalhadores; liquidar a contratação colectiva; liquidar o movimento sindical de classe, unitário, democrático e independente, substituindo-o por uma espécie de «sindicalismo» feito á medida dos interesses do grande capital.
É claro que uma coisa é o desejo dos exploradores e do governo que fielmente os representa, e outra coisa é a concretização desse desejo. No dia 30 de Maio tivemos uma demonstração concreta de quanto vale a força organizada dos trabalhadores: uma força comprovada em muitas lutas anteriores, confirmada na formidável manifestação do dia 5, em Guimarães, e que terá a continuidade necessária nas lutas que aí vêm. Lutas que são para vencer e para as quais é preciso convocar todos homens, mulheres e jovens que são vítimas da política do Governo de Sócrates.
No vídeo logo aqui abaixo, Francisco Van Zeller, em nome da flexigurança, clama pela «racionalização dos quadros de pessoal», que considera «absolutamente indispensável em todo o país».
Registe-se que a voz do patrão da CIP é uma voz do passado: corria o ano de 1960 e também os patrões de então - que eram sustentáculo do regime fascista - proclamavam a «racionalização do trabalho». Responderam-lhes os trabalhadores desse tempo com a luta - e acabaram por vencer.
Respondeu-lhes também Alexandre O'Neill com a arma mais forte que possuía, a Poesia:
«Dize tu: Já começou, porém, a racionalização do trabalho.
Direi eu: Todavia o manguito será por muito tempo o mais económico dos gestos!».
Façamos, então, à flexigurança, o manguito que ela merece.
Sem comentários:
Enviar um comentário