E O PCP CONTINUA

No jornal i de ontem pode ler-se um interessante trabalho assinado por Joana Azevedo Viana e Nuno Ramo de Almeida, onde, a pretexto do 90º aniversário do Partido Comunista Chinês, se dá conta do que eram e do que são os ex-maoistas portugueses.

Eram
assanhados «revolucionários» de «morte ao capitalismo!», «o imperialismo é um tigre de papel!» - e, acima de tudo, «morte aos sociais-fascistas!»...

São
assanhados defensores e executantes da política de direita que serve o capitalismo dominante.


Enquanto «revolucionários», a sua acção centrava-se, essencialmente, no ataque ao PCP e às forças democráticas que, antes do 25 de Abril, combatiam o fascismo e que, posteriormente, levavam por diante a Revolução de Abril.
O PCP era, para eles e para o fascismo, o alvo a abater.
O PCP era - para eles e para a contra-revolução em marcha - o alvo a abater.

O PCP é - para eles e para a contra-revolução triunfante - o alvo a abater.

Não acabaram com o PCP, mas - reconheça-se - fizeram tudo o que puderam para que isso acontecesse.

Enquanto ex-«revolucionários», têm ocupado altos cargos nos vários órgãos do poder, desde a presidência da União Europeia à chefia do governo, passando por ministérios; secretarias e sub-secretarias de Estado; Assembleia da República e Parlamento Europeu; presidências de câmaras; altos cargos em importantes empresas públicas e privadas - e povoam, dominantes, os média dominantes, propriedade do grande capital, onde prosseguem a velha tarefa, agora na modalidade do «declínio irreversível», da «morte» e do «funeral» do PCP...
E em todo o lado onde estão lutam pela mesma causa por que lutaram enquanto «revolucionários»: o anticomunismo.

São muitos: Durão Barroso, Jorge Coelho, José Manuel Fernandes, José António Saraiva, Vicente Jorge Silva, Henrique Monteiro, Teresa de Sousa, Ana Sá Lopes, Nuno Crato, Fernando Rosas, Isaltino Morais, Rui Pereira, Ana Gomes, José Lamego, Mariano Gago, Emanuel Santos, Pacheco Pereira, João Carlos Espada, etc, etc, etc. - e todos os dias nos chegam notícias da sua ascensão na vida e dos seus feitos enquanto cadáveres adiados que procriam...

Entretanto, outros lhes sucederam no cumprimento da tarefa.
Com novas roupagens e com novos slogans, mas com o mesmo objectivo essencial.

E o PCP continua...

20 comentários:

Anónimo disse...

...e continuará!

samuel disse...

"E o PCP continua..."

... porque sempre os topou à légua! :-)

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

É a maneira de atacar o PCP pela esquerda. Mas nunca o conseguirão não só e principalmente pela força dese grande Partido(PCP), mas também porque os tachos lá estão à espera e não se compadecem com essas pseudo revolucionarices.

Um beijo.

Anónimo disse...

Já li a entrevista a Pacheco Pereira e julgo que a mesma foi muito benévola com um anti-comunista e oportunista, como é Pacheco Pereira.
Aliás, Nuno Ramos de Almeida não é comunista, embora já tivesse sido membro da JCP.
Hoje, escreve para um blog chamado "Cinco Dias, onde é conhecido por censurar mensagens que vão contra o seu modo de pensar.
Em tempos, Nuno Ramos de Almeida chegou mesmo a atacar e a insultar comunistas e pessoas que se demarcavam das suas opiniões, chegando mesmo (num caso) a enviar uma mensagem para um e.mail pessoal, com insultos (fazendo com que esta não aparecesse na caixa de comentários).
Embora possa ser lido, como matéria de curiosidade, este trabalho publicado num jornal de direita deve ser visto com alguma desconfiança.

Anónimo disse...

Pacheco Pereira e Nuno Ramos de Almeida estão muito bem um para o outro. Ambos são oportunistas, vaidosos, renegados, desequilibrados, arrogantes e cretinos.

do Zambujal disse...

Sabes o que é que me preocupa? É a capacidade moluscular de certa e de tanta gente.
Isto está em PREC, "revolução, já!" e com eles dentro e à frente; isto vira para "socialismo democrático", afivelam logo a máscara do capitalismo com fronha humana; domina o neo-liberalismo ou lá o que se chama, ficam todos liberais para se repimparem nas carruagens de luxo; e por aí fora...
E o que me preocupa é onde estariam eles se a democracia tivesse avançado, que ministérios ocupariam, que gorbatchoves seriam? Ah! a vigilância revolucionária!
Desculpa o desabafo... que podes traduzir como todo o apoio à tua óptima denúncia.

Grande abraço.

Maria disse...

E vai continuar! Vivo e de boa saúde!

Um beijo grande.

Anónimo disse...

E o PCP continua, de facto, mas com os seus queixumes habituais e a servir com subserviência reverencial o capitalismo burguês. Espírito de combate contra o Estado burguês é a penúria bafienta que se vê. Exigência reinvindicativa pela revogação das leis contra os direitos dos trabalhadores, é também, o que se vê com C. da Silva na sua verve esganiçada a mendigar "mais sensibilidade social". O PCP é a última grande jogada da burguesia senil que tem como aliado preferencial toda a canalha do aparelho do PS.
Vocês passaram à história.

Anónimo disse...

Este (anónimo das 18H37), pelos vistos, ainda não conseguiu tacho. Coitado! nem para isso terá jeito...

Rui Silva

cid simoes disse...

A direita quando se sente ameaçada expele esquerdelhos tal como o povo arremessa tinta para se defender. Presentemente não é necessário qualquer esforço intelectual para se concluir que todos esses resíduos são dejecções da direita quando aflita.

cid simoes disse...

Deixem o anónimo descansado ele é o bobo da corte.

Anónimo disse...

Pena não se discutir o autor do texto em questão.
No blog "Cinco Dias" (para quem quiser), será melhor acompanhar algum do "estranho" pensamento de Nuno Ramos de Almeida, nomeadamente, em "Crónica de um Linchamento" (sobre o papel de Estáline na história) ou sobre a evocação de Katyn. Nestes dois artigos, Nuno Ramos de Almeida, muito à semelhança dos novos escritores anti-comunistas ingleses e americanos, ataca Ludo Martens (recentemente falecido) chamando-o de maoísta (ou escritor do MRPP), condena o papel de Estáline na história e não tem dúvidas sobre o episódio de Katyn, atribuíndo a culpa aos soviéticos.

Nestas coisas de escrever em jornais do capitalismo, como o "i", é primeiro necessário dar provas de anti-comunismo, como Nuno Ramos de Almeida deu nestes artigos e em muitos outros.
O homem é um oportunista e um charlatão, igual ao Pacheco Pereira.

samuel disse...

E aí está um deles, às 18:37... :-)))
Como deve ser suficientemente estúpido para não ter chegado a ministro ou secretário de gaita nenhuma... e nem entendeu o post... fez o seu melhor: figura de parvo.

salvoconduto disse...

Arnaldo de Matos fez um bom trabalho com a "educação" que lhes deu... Ficava agora o resto da noite a desfiar o nome de tantos outros ex-maoístas bem instalados na vida.

Antuã disse...

Alguns exemplares desses peixinhos ainda passam por aqui.

Anónimo disse...

Silogismo para o Samuel:
Todos os inteligentes são ministros
Samuel é inteligente
Logo Samuel é ministro.

Eduardo Miguel Pereira disse...

Pois continua, e há de continuar, porque as pessoas morrem, mas as ideias não !

E o PCP, mais que um partido, é uma ideia, uma ideia nobre, uma ideia de ideologia, uma ideia de defesa do Povo.

Venham ataques anónimos, venham ataques de direita, venham ataques de onde vierem, que a ideia não vai morrer. Nós cá estaremos para não a deixar morrer.
Cumpre-nos defender a ideia, e semear a mesma na mente dos mais novos, para assim prepetuarmos a ideia, o ideal.

E acreditem, há de chegar o dia em que a nossa ideia vingará, em que o Povo, depois de derrubados todos os preconceitos e depois de derrubados todos os atques que têm movido ao PCP, depositará a confiança no PCP para que a ideia seja governo.

samuel disse...

Anónimo (07:06):

Brilhante! Profundo! :-)

Logo sou ministro.
E mais logo, continuarei a ser?
E mais para a noitinha?
E amanhã? E depois? :-)))

Fernando Samuel disse...

Anónimo: sem dúvida.

samuel: o PCP conhece-os, e às suas tropelias, há muito tempo... o suficiente para os conhecer de ginjeira... e para constatar que os de hoje são iguaizinhos aos de ontem...
Um abraço.

Graciete Rietsch: «atacam pela esquerda» para melhor servir os interesses da direita...
Um beijo.

Anónimo: a meu ver, a peça sobre «o maoismo português» é interessante; já na entrevista, o entrevistador insere nas perguntas que faz muito anti-PCP.

Miguel Botelho: ainda assim há algumas diferenças entre um e outro...

do zambujal: os invertebrados têm uma notável capacidade de adaptação ao espaço e ao tempo onde vegetam...
Um abraço.

Maria: e cheio de confiança na luta para conquistar o futuro.
Um beijo grande.

Rui Silva: um abraço.

cid simões: e, tanto «antes», como «durante», como «depois»... cheiram mal...
Um abraço.

samuel: pois claro: fez o que sabe fazer bem...
Um abraço.

salvo conduto: tantos, tantos, tantos!...
Um abraço.

Antuã: e, como não podia deixar de ser, utilizando o mesmo velho arsenal de argumentos anti-PCP...
Um abraço.

Eduardo Miguel Pereira: aí está um comentário cheio de verdades.
Um abraço.

Anónimo disse...

Estou de acordo, no geral, com o artigo mas se trocarmos os maoistas de ontem e o PCP pelo PS poderiamos ,face às posições do PCP e Bloco hoje,dizer como vem no texto:"não acabaram com o PS mas - reconheça-se, fizeram tudo o que puderam para que isso acontecesse.