Mário Soares e Cavaco Silva formam uma parelha que é responsável principal pela situação dramática em que se encontram Portugal e os portugueses.
Soares, enquanto iniciador da política de direita e chefe-de-fila da contra-revolução, entregou o País, a sua independência, a sua soberania, ao imperialismo norte-americano e à sua sucursal no velho continente, a União Europeia.
Cavaco, enquanto continuador dessa mesma política, destruiu tudo o que pôde da Revolução de Abril e das suas conquistas democráticas, arrasou a produção nacional, enterrou a agricultura, afundou as pescas, reforçou a dependência, a sujeição e a submissão de Portugal aos ditames do grande capital nacional e internacional.
Soares está todos os dias nas primeiras páginas dos média dominantes - não estou a exagerar: se é verdade que, no último mês, Soares apenas foi notícia 15 dias, portanto dia-sim, dia-não, não é menos verdade que as suas falas despertaram reacções várias, as quais, dia-não, dia-sim, preencheram os restantes 15 dias do mês...
Nessas aparições, Soares dá conselhos, faz advertências, lança avisos, expressa aflições, geme lamentos, manifesta surpresas... - e, com a sem-vergonha que constitui um dos seus principais atributos, fala de cátedra sobre tudo, como se nada tivesse a ver com o que se passa, como se não fosse um dos principais responsáveis pelo estado actual do País.
E até agora, nenhum dos média dominantes lhe chamou a atenção para o facto...
Cavaco é aquela coisa inculta, ridícula - mas perversa - que nos tortura sempre que diz ou faz qualquer coisa, ou seja, todos os dias.
Hoje, os noticiários informam que ele vai «dedicar o dia à agricultura, ambiente e saúde».
No Alentejo olhará pela agricultura e pelo ambiente e tratará da saúde no Algarve.
Hoje e amanhã, os mesmos noticiários fornecerão informações circunstanciadas sobre o que fez e o que disse Cavaco: naquele seu jeito pernóstico, ridículo até dizer chega, perorará sobre os temas da visita, especialmente sobre a agricultura - não para se penitenciar pelo facto de, enquanto primeiro-ministro, a ter liquidado (obedecendo às ordens da Europa dos monopólios); nem sequer para reconhecer que a liquidou «a Bem da Nação» (isto é: da Europa dos monopólios) - mas para lembrar, de dedo em riste, que eu bem avisei... e para avisar que onde há empreendedorismo, há futuro e... «aqui há empreendedorismo»...
E falará sobretudo de Portugal: da «crise», que «toca a todos»; dos «sacrifícios», que «são para todos»; da caridade - que é a política social do futuro; das ordens da troika ocupante - que são para cumprir integralmente pela troika colaboracionista...
E lembrará, de dedo em riste, que eu bem avisei...
Soares e Cavaco, cada um com o seu passado, cada um com o seu presente - e ambos com futuro incerto... - deram brutais machadadas no conteúdo democrático da democracia de Abril e ambos agiram sempre fora da Lei Fundamental do País - e pela obra feita bem lhes podemos chamar a parelha do apocalipse.
Por isso insisto: por muito, muito, muito menos do que aquilo que Soares e Cavaco fizeram contra Portugal, foi o traidor Miguel de Vasconcelos atirado pela janela.
E muito, muito, muito bem atirado.
10 comentários:
Se eu não vivesse num rés-do-chão... emprestava já a janela. :-)
...mas acho que vou pegar nesta ideia do Cavaco, para hoje à noite.
Abraço.
Até que nem seria má ideia, ou será que já não há valentes como antigamente?...
Bom fim de semana.
São o Bucha e Estica da política reaccionária de Portugal. Os verdadeiros cómicos(Laurel e Hardy) fizeram,nos anos 20, uma fita que assentava como uma luva àqueles politiqueiros de "má raça"..."Xadrez para os dois/Dois canários na cadeia".
Abraço
Quer um quer outro já deviam estar na cadeia há muito tempo por traição à Pátria.
São ambos (SeC) as faces da mesma moeda.
A moeda contra o 25 de Abril.
Um abraço.
Gente boa,
De facto com duplas destas... E se a Moody's tiver razão???...
Essa é verdade. Por muito menos, atiraram Miguel Vasconcelos pela janela.
Esta dupla faz lembrar aqueles nobres que Filipe II mandou comprar, por intermédio do seu diplomata, Cristóvão de Moura.
Desta vez, a dupla foi comprada pelos americanos e europeus (feitos com os americanos, para destruir a União Europeia).
Para mim, atirem-nos da ponte 25 de Abril para o Tejo.
São ambos o símbolo perfeito da mediocridade.
samuel: ou mudas para o último andar ou... tratas deles, à maneira, no Cantigueiro...
Um abraço.
salvoconduto: Os bons velhos tempos de 1640!...
Abraço e bom fim-de-semana.
José Rodrigues: «xadrez para os dois»?: excelente ideia!...
Um abraço.
Antuã: a pátria deles é o grande capital...
Um abraço.
joão l.henrique: a moeda das trinta moedas...
Um abraço.
Bolota: com duplas destas só se vai para o inferno...
Um abraço.
Anónimo: qual é a altura da Ponte?...
Um abraço.
cid simões: mediocridade perversa...
Um abraço.
Porque será que não aguento estes gajos? Dão-me vómitos, os dois.
Um beijo grande para ti.
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