SE OS HOMENS QUISESSEM
Brincava na praia, saído da escola,
- os pés maculando a espuma de prata -
na espádua - menino - a suja sacola,
na espalda - soldado - a espada de lata.
Ao longe, uma estrela cadente na seda
do céu.
A bala perdida
tocou no menino, levou-o...
Na queda,
inútil, ficou-se a espada partida.
Se os homens quisessem,
o engenho assassino,
as armas da Morte, talvez se rompessem
sem nada valer.
- Espada de lata do loiro menino -
Se os homens quisessem...
E os homens vão querer!
Álvaro Feijó
7 comentários:
E os homens vão querer!
Os homens têm que querer!
Não conhecia este bonito poema...
Obrigada.
Um beijo grande
Triste mas, lindo.
GR
Quando encararem a morte, de frente e deixarem de chamar ao assassínio de crianças, velhos e todos os demais inocentes, "danos colaterais"...
Eu também acho que sim. É mesmo preciso, não é?
Cumprimentos.
É mesmo preciso acreditar que os homens onde querer acabar com a guerra.
Mas quando se houve diariamente dizer que morreram, na Faixa de Gaza, mais de 300 pessoas, entre elas crianças, mulheres e velhos, instala-se um desalentozinho na alma!
Fica a beleza do poema que nos trouxeste e que aqueceu um pouco esta tarde fria
Bom 2009 para ti e para todos nós de preferência sem o Sócrates que tudo sabe.
Abraços
Lagartinha de Alhos Vedros
Maria: este era um daqueles poemas que dizíamos nos nossos convívios juvenis antifascistas...
Um beijo grande.
GR: um beijo amigo.
samuel: estamos longe disso, mas...
Um abraço.
dona tela: é preciso e é possível...
Um beijo amigo.
Lagartinha de Alhos Vedros: os homens são capazes de fazer as coisas mais belas e... as mais tenebrosas...
Um beijo amigo.
Vão querer sim!
Beijos grandes
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