O «Caso Freeport» continua a dar que falar. Até quando, veremos.
Quanto ao seu desenlace, ao que parece há apenas duas hipóteses: a primeira e a segunda - mas eu, confesso inclinar-me mais para a terceira.
Isto porque há coisas que me confundem.
Por exemplo: o Diário de Notícias de hoje, em título garrafal, informa assim:
«Ingleses só têm DVD contra José Sócrates».
Lido tal título, pensei: ai sim?, só têm isso?, então está visto que o tal DVD de que tanto se tem falado, afinal é coisa insignificante que não aquenta nem arrefenta em relação ao esclarecimento do «caso».
E preparava-me para passar à página seguinte do jornal, quando me salta aos olhos uma frase que não resisto a partilhar com quem esteja interessado na partilha e que passo a transcrever:
«O primeiro-ministro consta de uma lista de suspeitos enviada pela polícia inglesa. Porém, o único indício apresentado ao Ministério Público português é uma conversa em que Charles Smith, um intermediário, afirma ter feito pagamentos a José Sócrates».
O que admiro nesta frase - e, se o usasse, tiraria o meu chapéu ao seu autor - é a forma genial como, com dois modestos vocábulos - um inofensivo «porém» e um insignificante «único» - se reduz ao grau zero de gravidade aquilo que a mim me parecia ser coisa de grau máximo de gravidade: a afirmação de um senhor inglês que diz «ter feito pagamentos» ao primeiro-ministro português.
Mas pronto, era eu que estava a ver mal: se é «só» o DVD, e se o «único» indício é a tal afirmação, não há problema, está tudo esclarecido e não se fala mais nisso.
Quanto ao seu desenlace, ao que parece há apenas duas hipóteses: a primeira e a segunda - mas eu, confesso inclinar-me mais para a terceira.
Isto porque há coisas que me confundem.
Por exemplo: o Diário de Notícias de hoje, em título garrafal, informa assim:
«Ingleses só têm DVD contra José Sócrates».
Lido tal título, pensei: ai sim?, só têm isso?, então está visto que o tal DVD de que tanto se tem falado, afinal é coisa insignificante que não aquenta nem arrefenta em relação ao esclarecimento do «caso».
E preparava-me para passar à página seguinte do jornal, quando me salta aos olhos uma frase que não resisto a partilhar com quem esteja interessado na partilha e que passo a transcrever:
«O primeiro-ministro consta de uma lista de suspeitos enviada pela polícia inglesa. Porém, o único indício apresentado ao Ministério Público português é uma conversa em que Charles Smith, um intermediário, afirma ter feito pagamentos a José Sócrates».
O que admiro nesta frase - e, se o usasse, tiraria o meu chapéu ao seu autor - é a forma genial como, com dois modestos vocábulos - um inofensivo «porém» e um insignificante «único» - se reduz ao grau zero de gravidade aquilo que a mim me parecia ser coisa de grau máximo de gravidade: a afirmação de um senhor inglês que diz «ter feito pagamentos» ao primeiro-ministro português.
Mas pronto, era eu que estava a ver mal: se é «só» o DVD, e se o «único» indício é a tal afirmação, não há problema, está tudo esclarecido e não se fala mais nisso.
6 comentários:
De facto... acho que nem que aparecesse a "irrelevante" fotocópia do cheque...
Mais um pouco... e isto vai começar a funcionar como campanha a favor. Certos portugueses gostam muito de "coitadinhos".
não me admiro nada se isto for encomenda do Presidente do Conselho de Ministros.
Parece que o "só" traz agarrada a vontade de que não encontrem o resto... pelo visto "ainda é só"...
samuel: é bem provável que assim aconteça...
Um abraço.
Antuã: encomenda não digo: estas coisas estão sempre encomendadas...
Um abraço.
Magnolia: exacto...
Um beijo.
Fernando Samuel
È uma cabala!
Ou talvez uma mula, uma égua, mas parece-me que as bestas de carga somos nós.
Por mim coice!
Beijos
Ana Camarra: coice!: boa!
Um beijo.
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