POEMA

18 DE ABRIL


O passado na costa? A fome, o frio,
o crime e a dor? Não, companheiros!
Fora latifundiários e banqueiros!
Fora gusanos do ontem sombrio!

O Povo avança como um imenso rio
e há que aguentá-lo nos seus impulsos feros.
Marcham os camponeses, os operários
e desata-se o furacão do brio!

As milícias são rios de leões
que destroem seus tanques e aviões,
e lhes afundam barcaça após barcaça.

Tudo se ergue contra a ousadia
e até a Primavera os rechaça
como uma mancha no fulgor do dia!


Jesús Orta Ruiz
(Índio Naborí)

4 comentários:

um anarco-ciclista disse...

Se quiserem passar por lá... serão bem recebidos

http://poesia-instalada.blogspot.com/

samuel disse...

"Rios de leões"... grande imagem!

Maria disse...

Nas situações mais difíceis o povo avançará sempre como um grande, um enorme rio...

Um beijo grande

Fernando Samuel disse...

Spock: ok.
Abraço.

samuel: sem dúvida.
Um abraço.

Maria: um enorme e imparável rio...
Um beijo grande.