Um título do Público de hoje diz-nos que a «direcção do BE rejeita colaboração com futuro Governo».
Lendo apenas o título, seríamos levados a concluir que alguém do «futuro Governo» (do PS, obviamente...) convidou o BE a integrá-lo e que o partido de Louçã, rejeitou o convite.
Todavia, lendo a notícia verificamos que não foi isso que se passou.
Porquê, então, aquele título?
Porque a moção da direcção do BE ao Congresso de Fevereiro diz que o partido «não participará em governo com o PS, porque os programas são contraditórios».
Estamos esclarecidos?: talvez...
Mas, assim sendo - isto é: não havendo (e tudo indica que, por enquanto, não há...) qualquer proposta do PS ao BE nesse sentido - por que raio é que os dirigentes actuais sentiram necessidade de ir propor ao Congresso que decida a não participação do partido «em governo com o PS»?
Será que a questão tem sido tema de debate (mais ou menos sigiloso) em alguns segmentos das altas esferas dirigentes do partido?: não é improvável...
Será que lá por cima há quem defenda essa via de acesso ao poder?: é provável...
Será que é a prática escabrosamente de direita do Governo PS/Sócrates que inviabiliza - para já... - a materialização do velho (e sempre novo...) sonho, que por lá paira, de acesso a uma cadeira de ministro ou secretário de Estado?: é mais do que provável...
Lendo apenas o título, seríamos levados a concluir que alguém do «futuro Governo» (do PS, obviamente...) convidou o BE a integrá-lo e que o partido de Louçã, rejeitou o convite.
Todavia, lendo a notícia verificamos que não foi isso que se passou.
Porquê, então, aquele título?
Porque a moção da direcção do BE ao Congresso de Fevereiro diz que o partido «não participará em governo com o PS, porque os programas são contraditórios».
Estamos esclarecidos?: talvez...
Mas, assim sendo - isto é: não havendo (e tudo indica que, por enquanto, não há...) qualquer proposta do PS ao BE nesse sentido - por que raio é que os dirigentes actuais sentiram necessidade de ir propor ao Congresso que decida a não participação do partido «em governo com o PS»?
Será que a questão tem sido tema de debate (mais ou menos sigiloso) em alguns segmentos das altas esferas dirigentes do partido?: não é improvável...
Será que lá por cima há quem defenda essa via de acesso ao poder?: é provável...
Será que é a prática escabrosamente de direita do Governo PS/Sócrates que inviabiliza - para já... - a materialização do velho (e sempre novo...) sonho, que por lá paira, de acesso a uma cadeira de ministro ou secretário de Estado?: é mais do que provável...
4 comentários:
Se tiver que ser mudam uma vírgula num ponto e passam a deixar de ser contraditórios...
(acho que já vi este filme na cml...)
Um beijo grande
São duas e meia, ainda não comi nem bebi nada de jeito. Existem centenas de coisas que não se me dava nada "provar"... nenhuma delas é o BE. :-)
Abraço
O Bloco de Esquerda resolveu publicar uma notícia sobre Hugo Chavez e a aprovação pelo parlamento bolivariano duma emenda constitucional que permita a reeleição sem limite de mandatos não apenas para a Presidência da República Bolivariana, mas de vários titulares de cargos políticos como alcaides ou governadores, emenda essa que ainda terá de ser refendada pelo povo.
Pode ser consultada AQUI: http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=10395&Itemid=26
A notícia que o Bloco de Esquerda produz e que é tendenciosamente anti-Chavez, defindo o processo bolivariano com a expressão revolução socialista metida entre aspas, isto é: "revolução socialista". Está claro, porque da língua portuguesa, também percebo um pouco, como as aspas servem para perjorativamente darem a entender que, de socialista e de revolução, não há nada na venezuela. Se achassem que existisse, já não lhe punham "aspas", escreviam apenas revolução socialista.
Mal entendido ou teoria da conspiração? Infelizmente, a comprovar o mau juízo bloquista sobre a revolução bolivariana na Venezuela, está o eloquente facto de que, enquanto comentários pro-chavista à notícia foram censurados e excluídos, o Bloco de Esquerda, permite que um reaccionário comente:
"Que palhaçada! Oxalá o povo da Venezuela consiga correr com esse tirano!"...
Muito preocupado com a possível "reeleição ilimitada de Hugo Chavez" - como escrevem -cabe lembrar ao Bloco de Esquerda, que Francisco Louçã, Fernando Rosas, Miguel Portas ou Luís Fazenda (entre outros) têm concorrido ininterruptamente aos lugares de deputados desde 1999, exercendo os cargos e, provavelmente, virão ainda (e pelo menos) a concorrer em 2009 para se manterem reeleitos até 2013. É pena que, progressivamente, o BE esteja a saltar para a barricada daqueles que se opõem a Chavez e ao processo bolivariano.
Fernando Samuel
Novidades, novidades, nem no Continente....
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