Da Zita?
Sim, essa, que em tempos foi membro do PCP e depois foi expulsa - injustamente expulsa, ingratamente expulsa, tenebrosamente expulsa, prepotentemente expulsa, ortodoxamente expulsa, estalinianamente expulsa... pelo grupo de estalinistas, ortodoxos, prepotentes que, com Álvaro Cunhal à frente, dominavam o Partido...
Na altura, os média - sempre do lado das boas causas, como lhes compete enquanto propriedade do grande capital - fartaram-se de «informar» sobre o assunto:
a heróica Zita, comunista até mais não, o que queria era «um PCP mais forte», «um PCP mais comunista»;
o tal grupo que dominava o Partido, gente horrorosa, ignara, boçal, inculta como Álvaro Cunhal e muitos outros, o que queria era o contrário disso, era acabar com o Partido, deixá-lo definhar, liquidá-lo;
e os média, é claro, estavam do lado da Zita, da genial Zita, e do Partido da genial Zita - e contra o tal grupo horroroso que dominava tudo e todos e queria destruir o Partido.
E a Zita lá foi à vida arrastando consigo uns tantos zitos, género Pina Moura, Vital Moreira, José Magalhães, Mário Lino, etc, etc.
Lá foram, cantando e rindo, todos de punhos erguidos, todos fazendo questão de jurar solenemente: «SEREI SEMPRE COMUNISTA!».
Juraram e cumpriram: de então para cá, todos foram (e/ou são) administradores de grandes empresas, ministros, secretários de estado, deputados, presidentes de câmara, etc., ao serviço dos partidos que, levando por diante a política de direita, têm como objectivo supremo a construção do comunismo em Portugal. E está quase...
Lembrei-me disto tudo (e de muito mais...) ao ler, no Público, entre as notícias sobre a ida do banqueiro Oliveira e Costa à Assembleia da República, uma que tinha a ver com a deputada do PSD, Zita Seabra.
Foi assim: a referida deputada ficou profundamente indignada com o que fizeram ao banqueiro e achou por bem expressar publicamente essa indignação.
Ora, como ninguém se lembrou de lhe pedir a opinião, dirigiu-se ela ao Público a dizer o que pensava sobre o assunto.
Que era o seguinte: na opinião da deputada laranja, a ida de Oliveira e Costa à Assembleia foi «a maior cedência do Parlamento ao populismo de esquerda, desde o PREC»,
já que «exibir um banqueiro preso nos Passos Perdidos» - coisa pela primeira vez acontecida agora - «era o sonho de todos os revolucionários a seguir ao 25 de Abril»...
Elucidativa, esta forma concreta de cumprir o tal juramento de ser sempre comunista, não acham?
Subtil, esta forma concreta de defender as fraudes do banqueiro, não acham?
Para além de deputada do PSD, Zita Seabra é Presidente do Conselho de Administração de uma editora - da qual, Manuel Dias Loureiro é Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Honni soit qui mal y pense...
Sim, essa, que em tempos foi membro do PCP e depois foi expulsa - injustamente expulsa, ingratamente expulsa, tenebrosamente expulsa, prepotentemente expulsa, ortodoxamente expulsa, estalinianamente expulsa... pelo grupo de estalinistas, ortodoxos, prepotentes que, com Álvaro Cunhal à frente, dominavam o Partido...
Na altura, os média - sempre do lado das boas causas, como lhes compete enquanto propriedade do grande capital - fartaram-se de «informar» sobre o assunto:
a heróica Zita, comunista até mais não, o que queria era «um PCP mais forte», «um PCP mais comunista»;
o tal grupo que dominava o Partido, gente horrorosa, ignara, boçal, inculta como Álvaro Cunhal e muitos outros, o que queria era o contrário disso, era acabar com o Partido, deixá-lo definhar, liquidá-lo;
e os média, é claro, estavam do lado da Zita, da genial Zita, e do Partido da genial Zita - e contra o tal grupo horroroso que dominava tudo e todos e queria destruir o Partido.
E a Zita lá foi à vida arrastando consigo uns tantos zitos, género Pina Moura, Vital Moreira, José Magalhães, Mário Lino, etc, etc.
Lá foram, cantando e rindo, todos de punhos erguidos, todos fazendo questão de jurar solenemente: «SEREI SEMPRE COMUNISTA!».
Juraram e cumpriram: de então para cá, todos foram (e/ou são) administradores de grandes empresas, ministros, secretários de estado, deputados, presidentes de câmara, etc., ao serviço dos partidos que, levando por diante a política de direita, têm como objectivo supremo a construção do comunismo em Portugal. E está quase...
Lembrei-me disto tudo (e de muito mais...) ao ler, no Público, entre as notícias sobre a ida do banqueiro Oliveira e Costa à Assembleia da República, uma que tinha a ver com a deputada do PSD, Zita Seabra.
Foi assim: a referida deputada ficou profundamente indignada com o que fizeram ao banqueiro e achou por bem expressar publicamente essa indignação.
Ora, como ninguém se lembrou de lhe pedir a opinião, dirigiu-se ela ao Público a dizer o que pensava sobre o assunto.
Que era o seguinte: na opinião da deputada laranja, a ida de Oliveira e Costa à Assembleia foi «a maior cedência do Parlamento ao populismo de esquerda, desde o PREC»,
já que «exibir um banqueiro preso nos Passos Perdidos» - coisa pela primeira vez acontecida agora - «era o sonho de todos os revolucionários a seguir ao 25 de Abril»...
Elucidativa, esta forma concreta de cumprir o tal juramento de ser sempre comunista, não acham?
Subtil, esta forma concreta de defender as fraudes do banqueiro, não acham?
Para além de deputada do PSD, Zita Seabra é Presidente do Conselho de Administração de uma editora - da qual, Manuel Dias Loureiro é Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Honni soit qui mal y pense...
14 comentários:
Pronto, já estou cheio de azia...
Quando era "revolucionária", a ditaZita deveria ter o sonho de (se) exibir (com) banqueiros presos pelos Passos Perdidos. Agora, deve ser o seu pesadelo.
Um abração
"Há que dizer-se das coisas
o somenos que elas são
se for um copo é um copo
se for um cão é um cão..."
Como diabo é que me fui lembrar da "tia"?... Ou foi da "criada velha"?
Abraço
Lá vou eu beber uma água das pedras...
há coisas que o meu fígado não aguenta...
Um beijo grande
Cada vez que ouço falar desta gaja, perco a compostura: é uma badalhoca!!! -Res...pe!
rui silva
O problema não sõ as "Zitas que se foram, mas sim as que ficaram.
Fernando Samuel
A Zita e os restantes só pecaram por ter ficado tanto tempo, deviamos te-los posto á geada antes.
Por exemplo o Pina Moura foi um rapaz que ao dirigir uma reunião no CT Vitória humilhou um amigo meu porque tinha uma t-shirt Lacoste, coisa de pequeno-burguês, realmente ele é logo coisa de grande burguês.
São gente sem caracter, sem espinha dorsal, provam-no tods os dias.
Já agora, parece que a Luisa Mesquita está no BE?!
Beijo
Pobre(Zita)!
A gente bem se esforça por não gastar cera com ruins defuntos, mas eles estão sempre a pedi-las.
RIP para a Zita e os Zitos.
Abraço
Vai chover, cheira muito a Cacia.
Fernando,
Esta senhora é mentirosa!
Esta senhora é uma traidora!
Esta senhora vendeu-se ao grande capital!
Esta senhora foi muito bem expulsa do PCP.
Um Abraço
As "folhas secas" ao cairem, parece-me que fazem bom estrume, não é?
Aquela nem para estrume.
Pois, como disse o camarada Álvaro Cunhal "são folhas mortas", eu não perco tempo com folhas mortas, não iría acrescentar nada ao que tu muito bem descreves.
Abraço
salvo conduto: há certos pratos que são assim...
Um abraço.
do zambujal: foi mesmo para os antípodas, não foi?
Um abraço.
samuel: ou das duas?: no que a gente pensa!...
Um abraço.
Maria: para mim, já nem com água das pedras...
Um beijo grande.
rui silva: calma, camarada...
Um abraço.
José Espremido Até Ao Tutano: sabe-se lá se tens razão...
Um abraço.
Ana Camarra: «pôr à geada»: gosto da expressão...
Um beijo.
Aristides: que descansem todos na santa paz do senhor...
Um abraço.
Antuã: hi, que cheiro!...
Um abraço.
Hilário: deus a guarde para seu divino proveito...
Um abraço.
Coluna: algumas, se calhar, nem para isso servem...
Um abraço.
alex campos: para nada!...
Um abraço.
poesianopopular: são lixo.
Um abraço.
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