Na apresentação de Portugal aos empresários polacos - incitando-os a investir no nosso País - Cavaco Silva disse que somos «um país em grandes mudanças» e «a realizar um importante conjunto de reformas»; «um país moderno, acolhedor, com uma vasta herança cultural, excelentes infra-estruturas e um sistema financeiro altamente desenvolvido»; um país com «uma nova geração de empresas e de empresários, muitos deles com vocação global, em áreas de forte conteúdo científico e tecnológico» e que «ilustram bem o Portugal deste século».
É óbvio que esta imagem eufórica e grandíloqua de Portugal só existe na desaustinada imaginação do Presidente da República - pessoa, aliás, atreita a estas visões e que, quando era primeiro-ministro, «viu» em Portugal um «oásis» posicionado no «pelotão da frente» da União Europeia...
Mas é igualmente óbvio que tal imagem muito há-de ter agradado aos empresários polacos que, certamente, viram nela um promissor convite, género: venham e sirvam-se à vossa vontade...
Convite semelhante terá sido feito, seguramente, aos 53 empresários portugueses que acompanham Cavaco Silva nesta viagem...
Tudo isto a confirmar a importância dos governantes ao serviço do grande capital, e as suas incomensuráveis valências enquanto elos de ligação do que deve ser ligado... sobretudo quando, no exercício da sua profissão de caixeiros-viajantes, cumprem a função de apresentar os capitalistas do seu país aos colegas de outras paragens, de modo a que uns e outros possam exercitar a comum «vocação global», explorando aquém e além fronteiras...
A bem das nações, é claro.
É óbvio que esta imagem eufórica e grandíloqua de Portugal só existe na desaustinada imaginação do Presidente da República - pessoa, aliás, atreita a estas visões e que, quando era primeiro-ministro, «viu» em Portugal um «oásis» posicionado no «pelotão da frente» da União Europeia...
Mas é igualmente óbvio que tal imagem muito há-de ter agradado aos empresários polacos que, certamente, viram nela um promissor convite, género: venham e sirvam-se à vossa vontade...
Convite semelhante terá sido feito, seguramente, aos 53 empresários portugueses que acompanham Cavaco Silva nesta viagem...
Tudo isto a confirmar a importância dos governantes ao serviço do grande capital, e as suas incomensuráveis valências enquanto elos de ligação do que deve ser ligado... sobretudo quando, no exercício da sua profissão de caixeiros-viajantes, cumprem a função de apresentar os capitalistas do seu país aos colegas de outras paragens, de modo a que uns e outros possam exercitar a comum «vocação global», explorando aquém e além fronteiras...
A bem das nações, é claro.
6 comentários:
O que é preciso é lata e vocação para o negócio!
Sempre ao serviço do capital...
Quando pouco depois do 25 de Abril, se chamava "caixeiro viajante" a Soares, estas bestas devem ter pensado que isso era um elogio...
o Cavaco sempre que abre aboca é para defender o capital à excepção, é claro, de quando come bolo-rei.
Só ele e os amigos é que viram o oásis, na época.
Só ele e os amigos é que vêem Portugal como "um país moderno, acolhedor, com uma vasta herança cultural, excelentes infra-estruturas e um sistema financeiro altamente desenvolvido"...
O que vale é que vem aí a Festa e eu vou viver num outro País, o País que eu quero, durante 3 dias...
Um beijo grande
Ele tem razão quando assim fala, porque não tem o povo no pensamento!
Cá estaremos nós para o lembrar!
Amigos, agora vou tirar 3 dias de férias!
Até Láá
Antigamente, os vendedores de banha da cobra limitavam-se a andar de feira em feira; agora vão para o estrangeiro e até levam séquito...
rui silva
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