À Mariana Janeiro em nome de todas
as mulheres que lutaram contra o fascismo
Eram tantas as torturas...
O Chicote sobre a carne
que o corpo te inchava
inchava
pelas vergastas cortado
Eram dias sobre noites
em que os olhos te queimaram
em que as veias te romperam
e os ouvidos te rasgaram
Eram meses sobre meses
na cela
só
isolada
Torturas quantas sofreste
minha irmã
sempre calada
Que à polícia não se fala
nem que se morra
à pancada!
Maria Teresa Horta.
(com este poema, o Fernando Samuel despedia-se, por uns tempos, do Cravo de Abril. Que não vamos deixar morrer.)
MULHER-RESISTENTE
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