Da democracia na RTP

Os meios de comunicação são pouco democráticos. Toda a gente o sabe. Mas eis que Luís Filipe Menezes descobriu a poção mágica para uma televisão democrática. E descoberta simples vinda de tão douta personagem. Tão simples que é estranho o Sócrates nunca ter pensado nisso. Afinal, o remédio para o fim das acusações de um mono-partidarismo na televisão pública é tão simples que até chateia: a par do António Vitorino e Marcelo Rebelo de Sousa (PS e PSD respectivamente) que têm "tempo de antena" na RTP1, deve-se dar voz a mais personalidades. Doutros partidos, com outras ideologias? Não queriam mais nada! Porque o que faz falta, segundo Luís Filipe Menezes, é "tempo de antena" para o secretário geral do PSD (visto a opinião do Marcelo Rebelo de Sousa ser pouco partidária...) e, para equilibrar os pratos da balança, para uma voz realmente de esquerda. Comunistas? Não, a voz do Manuel Alegre. Isto é: acrescentado o José Ribau Esteves e o Manuel Alegre à televisão pública e o António José Seguro à quadratura do circulo na Sic Notícias ficaria uma televisão verdadeiramente democrática...

11 comentários:

Anónimo disse...

José Neves
O M. Alegre , não pode ser!
Em Fevereiro vai reunir com os seus apoiantes, aqueles que o apoiaram faz agora dois anos, na candidatura á PR, ele deixou de ser o M.Alegre, passou a ser o ex-candidato á P da Républica (onde é que eu já ouvi esta dos EX-)
Então, dizem que:-vão decidir sobre o buraco negro, que existe na esquerda (será que:- estão com alucinações?) Eu pensava que, o buraco negro só existia na camada do ozone? esquece; - devo ser eu, que estou a fazer poesia!
um abraço
josé manangão

João Galamba disse...

José Manangão: há um buraco negro na democracia pluralista dos nossos meios de comunicação. E esse parece que não lhes convém alterar...

samuel disse...

O que é espantoso é que começo a estar convencido de que o Menezes é mesmo assim... completamente indigente!

Fernando Samuel disse...

E o mesmo se passa na SIC, e na TVI, e no DN, e no Público, e no JN, e no Expresso, e no Sol, e...

Anónimo disse...

Sejamos claros. Esta gente não tem vergonha nenhuma. Aproximamamo-nos a passo largos da democracia ateniense onde esta não chegava aos escravos. Sabendo-se que esta gente já trata os trabalhadores como coisas!...

Anónimo disse...

É possível que haja um défice político-partidário em matéria de comentários semanais ou artigos de opinião. Contudo quero recordar que, por exemplo, aquando das Presidenciais de 2006, o prof. Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de sublinhar a boa campanha do PCP e do seu candidato, Jerónimo de Sousa. Por outro lado, o professor já elogiou o PCP quando tinha que elogiar, como também já criticou o PSD. Aliás sobre crítica ao PSD, a Santana Lopes e a Menezes, é ver, ouvir e ler (no Público) Pacheco Pereira.
Finalmente, em pelo menos 80% do programa do prós e contras estão lá sempre sindicatos e em 2007, pelo menos em dois programas, esteve no painel principal Carvalho da Silva.

João Galamba disse...

"Contudo quero recordar que, por exemplo, aquando das Presidenciais de 2006, o prof. Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de sublinhar a boa campanha do PCP e do seu candidato, Jerónimo de Sousa." Hummm, engraçado é pena não ter sido um comunista a defender a campanha do PCP. Irónico não? Quando nessa mesma campanha O Cavaco Silva obteve 85% de toda a campanha televisiva..."Por outro lado, o professor já elogiou o PCP quando tinha que elogiar, como também já criticou o PSD. Aliás sobre crítica ao PSD, a Santana Lopes e a Menezes, é ver, ouvir e ler (no Público) Pacheco Pereira." Pronto e fica a questão da democracia esclarecida: dão uma no cravo duas na ferradura e temos o caso consolidado."Finalmente, em pelo menos 80% do programa do prós e contras estão lá sempre sindicatos e em 2007, pelo menos em dois programas, esteve no painel principal Carvalho da Silva." Sindicatos? De esquerda: a CGTP? Ou referes-te à UGT? São casos bem diferentes... E pronto: em 52 programas foi lá 2 vezes um comunista. Contando que cada programa leva 6 (ou serão 8?) participantes são 312 pessoas ao todo. Dessas 312, 2 serem comunistas é obra! Significa que por cada 156 participantes vai um comunista! Que média verdadeiramente democrática!

José Neves

Anónimo disse...

Então vejamos, no programa Prós e Contras: 2 vezes Miguel Portas, Carlos Carvalhas, Carvalho da Silva. Além disso nos debates referentes à educação, ao caso Maddie, ao desporto, à discussão do Orçamento ou a saúde, estiveram lá sempre sindicatos. Quantas vezes foram a este programa figuras como: José Sócrates, Marques Mendes, Santana Lopes? Nenhuma.
Depois, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã foram à grande entrevista? Foram, tantas vezes quanto os restantes líderes. Só Sócrates é que foi a uma entrevista especial por causa da polémica do sua licenciatura.
Finalmente, não se ouviu falar nas manifestações e das greves? Não se ouviu falar da mega-greve de Outubro aquando do Conselho informal dos líderes europeus? Não se ouviu falar da publicação da tese de Carvalho da Silva?

Um abraço

João Galamba disse...

Como te disse e repito sindicatos não são obrigatoriamente esquerdistas: UGT e seus súbditos... Quanto ao resto sabes bem o tempo de antena do PS e PSD e dos restantes partidos. Contra factos...

Tiago Prates disse...

O que eu penso é que é o PCP quem presta mau serviço público, ao contrário da RTP, televisão do Estado, ou seja de todos nós, que presta um excelente serviço público transmitindo sempre a informação de forma democrática. O que este comunista quer é que seja como em Cuba e afins que haja além de um partido único, uma televisão única, e que esta esteja subordinada ao Estado que se indentifica com o partido, e aí assim teriam uma televisão e quiçá um país "democrática". Que seria de Portugal se não tivesse a RTP, um país sem nenhuma televisão com informação não sensacionalista, ao invés, sem o PCP ficavamos livres de ter de levar com tanto sectarismo e hipocrisia. Aprendam com a história. Novembro de 1988 queda do Muro de Berlim e calem-se para sempre.

João Filipe Rodrigues disse...

Pois, bem quer este visitante que nos calemos, mas não, não faremos a sua vontade.
Volte sempre a comentar.