«NINGUÉM SE MEXA! MÃOS AO AR!»
«Ninguém se mexa! Mãos ao ar!», disse o histérico
e frívolo homenzinho com mais medo
da arma que empunhava que de nós.
«Mãos ao ar!», repetiu para convencer-se.
Mas ningém se mexeu, como ele queria...
Deu-lhe então a maldade. Quase à toa,
escaqueirou o espelho biselado
que tinha as Boas Festas da gerência
escritas a sabão. Todos baixámos,
medrosos, a cabeça. Se era um louco,
melhor deixá-lo. (O barman escondera-se
por detrás do balcão). Ali estivemos
um ror de medo, até que o rabioso
virou a arma à boca e disparou.
Alexandre O'Neill
3 comentários:
Esperemos que esta gente se vá dando ordem de marcha... nem que seja preciso uma ajudazinha...
Abraço.
A miséria torna as pessoas loucas.
Um beijo.
Foi o melhor que fez. Era o melhor que alguns faziam...
Um beijo grande.
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