Nada mete mais medo ao grande capital - e, por dever de ofício, aos seus serventuários e propagandistas - do que a luta dos trabalhadores em defesa dos seus direitos e interesses.
Se essa luta atinge formas superiores - Greve Geral, por exemplo - então o medo transforma-se em pavor e o habitual vale-tudo mostra o que vale: redobram as pressões, chantagens, ameaças e represálias todos os dias exercidas sobre os trabalhadores em milhares de empresas, proibindo-os de exercer direitos consagrados na Constituição da República, entre eles, e especialmente, o direito à greve.
Em simultâneo, ao toque da campainha pavloviana, os propagandistas de serviço começam a salivar... e, repetindo-se e repetindo o que os seus antepassados vêm escrevendo desde tempos imemoriais, disparam as tradicionais rajadas de velharias ideológicas travestidas de modernidade.
Desta vez, o primeiro propagandista de serviço a entrar em cena (tanto quanto me apercebi) foi um tal Alberto Gonçalves - sociólogo com tabuleta para a rua e uma página dominical no Diário de Notícias.
À primeira vista, a arruaceira prosa de Gonçalves parece ser dirigida contra a poderosa Greve Geral recentemente erguida pelos trabalhadores espanhóis, mas, de facto, ela é produzida a pensar essencialmente no dia 24 de Novembro...
Com efeito, é com os temores apontados para essa data que o dominical sociólogo - que, a avaliar pelo conteúdo do que escreve, deve andar pelos 160 anos de idade - dispara raivosas rajadas contra os piquetes de greve: «essa instituição que se dedica a exercer violência sobre alguns trabalhadores»; essa «brutalidade»; essa «visão totalitária da humanidade»; essa coisa «protagonizada por indivíduos com o privilégio de um emprego estável que tentam obrigar os restantes a perderem o seu»...
Não há dúvida: o sociólogo sabe a velha lição na ponta da língua.
Tudo isso para chegar à «conclusão» habitual nestas ocasiões: que «a greve geral, alegada "demonstração de força" é, afinal uma confissão de impotência».
O que, a ser verdade, seria motivo para o sociólogo dos domingos fazer a festa, deitar os foguetes e apanhar as canas...
Em vez da festa, contudo, ele faz uma exibição dos receios que lhe vão naialma, da impotência que, de facto, o invade.
E, incomodado, provocador e com força de viagra, remata assim: «Incómoda e com frequência criminosa, mas impotência de qualquer modo, a qual será exibida a 24 de Novembro nas ruas do nosso país»...
Então, sendo assim, no dia 24 de Novembro falamos...
Se essa luta atinge formas superiores - Greve Geral, por exemplo - então o medo transforma-se em pavor e o habitual vale-tudo mostra o que vale: redobram as pressões, chantagens, ameaças e represálias todos os dias exercidas sobre os trabalhadores em milhares de empresas, proibindo-os de exercer direitos consagrados na Constituição da República, entre eles, e especialmente, o direito à greve.
Em simultâneo, ao toque da campainha pavloviana, os propagandistas de serviço começam a salivar... e, repetindo-se e repetindo o que os seus antepassados vêm escrevendo desde tempos imemoriais, disparam as tradicionais rajadas de velharias ideológicas travestidas de modernidade.
Desta vez, o primeiro propagandista de serviço a entrar em cena (tanto quanto me apercebi) foi um tal Alberto Gonçalves - sociólogo com tabuleta para a rua e uma página dominical no Diário de Notícias.
À primeira vista, a arruaceira prosa de Gonçalves parece ser dirigida contra a poderosa Greve Geral recentemente erguida pelos trabalhadores espanhóis, mas, de facto, ela é produzida a pensar essencialmente no dia 24 de Novembro...
Com efeito, é com os temores apontados para essa data que o dominical sociólogo - que, a avaliar pelo conteúdo do que escreve, deve andar pelos 160 anos de idade - dispara raivosas rajadas contra os piquetes de greve: «essa instituição que se dedica a exercer violência sobre alguns trabalhadores»; essa «brutalidade»; essa «visão totalitária da humanidade»; essa coisa «protagonizada por indivíduos com o privilégio de um emprego estável que tentam obrigar os restantes a perderem o seu»...
Não há dúvida: o sociólogo sabe a velha lição na ponta da língua.
Tudo isso para chegar à «conclusão» habitual nestas ocasiões: que «a greve geral, alegada "demonstração de força" é, afinal uma confissão de impotência».
O que, a ser verdade, seria motivo para o sociólogo dos domingos fazer a festa, deitar os foguetes e apanhar as canas...
Em vez da festa, contudo, ele faz uma exibição dos receios que lhe vão naialma, da impotência que, de facto, o invade.
E, incomodado, provocador e com força de viagra, remata assim: «Incómoda e com frequência criminosa, mas impotência de qualquer modo, a qual será exibida a 24 de Novembro nas ruas do nosso país»...
Então, sendo assim, no dia 24 de Novembro falamos...
12 comentários:
Um sociólogo que afirma algo semelhante não é digno de canudo, como provam as diversas conquistas dos trabalhadores, e, mesmo em tempos de Dewey, contemporâneo de pavlov (este que baptizou a teoria de um seu assistente), que não sociólogo mas psicólogo, podemos observar o impacto das greves de finais do XIX na defesa do progressismo de alguém que se doctorou em Kant e que fomentou o sindicalismo docente nos estados unidos.
Este, que tratava Hegel por tu, não andava muito longe da fonte de Von Stein, com o "der Wissenschaft der Gesellschaft" dos intelectuais pós napoleónicos alemães, maiores que comte ou mesmo sain-simon. Estes, que por seu lado, foram obrigados dar conhecimento e protagonismo ao povo, esse, que é a pátria da qual tem medo este esperpento.
Sociólogo?? Grupista (sinónimo Lisboeta de pantomineiro, ou pantomimeiro, do vocabulário Alentejano)!
Abraço
Esse chuchiólologo é um espécime digno de ser dos primeiros a rechear o tal museu de que fala no DN e vá chamar inconsciente à mãe dele por ter dado ao mundo esta aberração.
Se o seu empenho em demonstrar que a greve geral não é mais do que uma manifestação de "impotência", está relacionado com algum trauma... Ainda vai a tempo de poder tratar-se!
Ele que prepare a ialma para ver, no dia 24, os que ainda são Homens e Mulheres neste país onde proliferam os da laia dele!
Coitadinho do Albertinho.
Pois, pois...fingem que não se sentem incomodados, dizem que a Greve Geral (e todas essas malditas greves)são obra de um punhado de agitadores (esses grevistas militantes) sempre em busca do conflito social. Mas, depois, vertem tanto ódio misturado com uma sapientíssima ignorância, que nos deixam a impressão que a Greve (e, por maioria de razões, a Greve Geral)os deixa "à beira de um ataque de nervos". E, então, salivam, salivam como cães raivosos...
A Greve Geral vem aí (já com data marcada) e vai ser tão empenhadamente preparada pelos trabalhadores e pelos seus sindicatos que (estes senhores) correm o risco de entrar em pânico furioso irreversível. Por isso, se querem um conselho:tenham lá calma,sosseguem, não vão por lá morder a língua e ingerir o próprio veneno. E o pior é que a continuada luta dos trabalhadores pode não vos deixar tempo para tomar o antídoto.
O medo com que eles andam já!...
Um abraço.
Esse indivíduo, que julgo ser o mesmo que assina semanalmente uma crónica na revista de direita chamada "sábado", é um reaccionário sem vergonha. Essas afirmações não me surpreendem no dito sociólogo, já o vi denominar a esquerda de histérica, tecer subtilmente elogios à extrema direita, e tal como no DN criticar manifestações em que a população reivindica os seus direitos e proclama liberdades.
Um vendido à política de direita, no mínimo...
Um beijo.
Sociólogo? Eu diria sociopata.
Desde que li uma barbaridade que ele escreveu sobre Vitor Jara e como ficou agradecido ao criminoso que o assassinou, só já piso essa coisa quando estou distraído.
Abraço
O homem vai engolir cada palavra que disse!
E que lhe faça bom proveito.
Um beijo grande.
Este é o primeiro de muitos nojos que vamos gramar uns a escrever e outros a vomitar nos canais da TV contra a GREVE GERAL . Mas ela vai ser uma grande GREVE GERAL para desespero destes nojos.
Bom trabalho de mobilização e um grande abração !
JN
Hummm... não estará o siciólogo demasiado obcecado pela "impotência"? Tudo tem uma explicação... :-)))
Abraço.
Só espero que no dia 24 de Novembro esses sociólogos engulam tudo o que disseram.
Estou muito confiante numa vitoriosa greve geral.
Um beijo
Mário: vocabulário lisboeta ou vocabulário alentejano, para o caso qualquer deles serve...
Um abraço.
Anjos: o museu é casa dele: lá nasceu, lá vive, lá morrerá...
Um abraço.
Antuã: que deus o ajude...
Um abraço.
Manuel Fernandes: aí está uma excelente ideia: intensificar e ampliar a luta de forma a não lhes dar tempo para tomar o antídoto...
Um abraço.
joão l.henrique: a Greve Geral é um dos principais temores deles.
Um abraço.
smvasconcelos: é esse mesmo, sem tirar nem pôr...
Um beijo.
Aristides: tens razão: há coisas das quais temos que procurar desviar-nos - quanto mais não seja por medida de higiene...
Um abraço.
Maria: vamos, então, fazer uma forte Greve Geral...
Um beijo grande.
JN: temos muito trabalho à nossa frente, Amigo - mas é para isso que cá estamos, não é?
Abração.
samuel: hummmm... é capaz disso, é...
Um abraço.
Graciete Rietsch: se trabalharmos com toas as nossas forças, conseguiremos.
Um beijo.
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