Quando da sua visita a Portugal, o Papa deu missas várias - todas com grande aparato e suportadas por sofisticados meios técnicos.
Missas caras, portanto.
Uma delas ocorreu no Terreiro do Paço, e sobre quem pagaria os custos da liturgia tudo foi esclarecido por quem de direito.
Na altura, a Igreja fez questão de esclarecer que, para a missa do Terreiro do Paço, «não ia pedir dinheiro à autarquia»: «a missa vai ficar a custo zero, graças aos donativos».
Na altura, o cardeal patriarca fez questão de esclarecer que «não iria pedir dinheiro à Câmara Municipal de Lisboa», porque «as cerimónias litúrgicas não devem ser financiadas pelo poder autárquico ou político» - e, bíblico, citou: «A César o que é de César, a Deus o que é de Deus».
Na altura, o presidente da Câmara de Lisboa fez questão de esclarecer que «não há dinheiros públicos envolvidos na missa do Terreiro do Paço».
Hoje soube-se que, ao contrário do que na altura foi esclarecido, a Câmara Municipal de Lisboa gastou pelo menos 228 mil euros com a dita missa.
E se os mandássemos todos à missa?...
14 comentários:
Sugiro que o Cardeal devolva o dinheiro.
Vamos sabendo por "portas e travessas", afinal!... Como vai sendo gasto parte dos nossos descontos.
Um abraço.
São uns vigaristas e vão parar todos ao Inferno. Rodeados de chamas há lá um relógio parado que afirma que o seu sofrimento nunca acabará! O que a gente aprende no Seminário!...
Para esta gente mentirosa não há crise. Sotainas, nem vê-las!...
Então Portugal não é uma República laica?!...
Não, não acredito! o presidente do município de Lisboa, um homem tão sério que até já andou de burro a dizer uma coisa dessas ! não acredito.
Foi deus concerteza que lhe armou uma cilada ou se enganouna escolha, os 228 milnão eram do município. Eram do erário público.
Eu não me admira que os Costas, os Sócrates,os Portas, os Santanas, os Passos e outros, que têm que andar com a igreja às costas, para depois esses financiamentos se converterem em votos.
O que mais me admira é os apoios que são dados pelo que conheço, pelas cãmaras de Almada e Seixal da responsabilidade do nosso partido.
Só a construção da Igreja matriz de Amora, custou à cãmara do Seixal 640 mil contos, fora outros apoios.
A igreja nova da Cova da Piedade, na nacional 10 e mais a estatua ao antigo bispo de Setúbal,foi outro balúrdio superior ao do Seixal, fora outros apoios também.
Depois, para reaverem estes dinheiros, fazem exactamente como os servidores do capital, tratam de aumentar os preços dos serviços camarários prestados às populações.
Estas situações continuam a ocorrer, só não dão nas vistas, porque o Papa não passa por lá. Apelo para que chamem os camaradas mais responsáveis à atenção para este regabofe.
Leiam os jornais camarários relativamente a essa época e a essas obras e depois podem comprovar a verdade.
Um Abraço
Carlos Henrique
Seixal
Se ao menos caissem da torre do sino...
Abraço.
Também vi essa notícia e ocorreu-me logo a tradicional promiscuidade político-religiosa (no caso, católica). Se se empenhassem os dois "poderes" na substração da pobreza e na promoção dos direitos sociais, até eu teria alguma consideração mínima por eles; agora promoverem-se à custa do erário público e sendo veículos eminentes de desigualdades e antagonismo de classes, vinco e reforço o meu protesto!
beijo,
Apetece-me muito mais empurrá-los do que mandá-los à missa... podia ser que afogassem todas as mentiras que lhes saem, impúdicas, boca fora.
Um beijo grande
Parece que ninguém leu o comentário de Carlos Henrique.
Será que fui só eu que deu por ele?
Chamo a atenção do comunicado de Heloísa Helena relativamente à 2ª volta das eleições no Brasil.
Jorge: excelente sugestão.
Um abraço.
joão l.henrique: fora o que não se sabe...
Um abraço.
Zé Canhão; se assim for, que o inferno lhes seja leve...
Um abraço.
Antuã: para eles, a «crise» tem algumas vantagens...
Pintassilgo: é?...
Um abraço.
Jorge S.: e, como ele jurou, a CML não gastou um cêntimo com a missa...
Um abraço.
Carlos Henrique: se é como dizes, obviamente fazem mal - independentemente de o fazerem por razões bem diferentes das aqui referidas; e independentemente, também, de não dizerem que não fazem o que fazem...
Um abraço.
samuel: ou isso...
Um abraço.
smvasconcelos: os dois poderes são unha com carne... para assegurar a continuação da exploração de quem trabalha.
Um beijo.
Maria: também serve...
Um beijo grande.
O que de verdade haverá por trás dessas afirmações sobre o Seixal? Gostava mesmo de saber. Alguém me explica?
Um beijo.
Em resposta ao Carlos Henrique, faço a mesma sugestão que fiz a propósito da missa papal no Terreiro do Paço. A Igreja que devolva o dinheiro.
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