«A Esperança» foi o tema de um debate em que participaram D. Manuel Clemente - bispo do Porto - e Mário Soares - o próprio.
No decorrer do debate, Soares, no seu jeito parlapatão e sem-vergonha, desnudou-se numa sucessão de sensacionais confissões.
A dada altura, confessou: «Não fui tocado pela fé, mas sou um homem de esperança» - e o bispo, com um gesto breve, incitou-o a prosseguir.
Entusiasmado, Soares confessou-se discípulo de S. Paulo e da sua prática de «amor ao próximo» - e o bispo, com um breve inclinar de cabeça, pediu mais.
Soares não se fez rogado e exibiu o teor da sua esperança:
«a esperança no homem, numa utopia que nos conduza a um mundo melhor, com mais liberdade e menos violência e em que sejamos todos iguais»;
«a esperança na política que, para mim, nunca foi uma forma de ganhar a vida, pelo contrário: sempre foi política com P grande, actividade nobre do espírito humano com vista ao bem dos outros».
Foi então que o bispo, passando do gesto ao verbo, o abençoou: «o dr. Soares é, de facto, homem de esperança. Manteve-se sempre fiel a ideais humanistas, lutou por um regime onde todos pudéssemos caber. E mesmo quando tentaram cercear-nos as liberdades, ele nunca desistiu».
E foi então que Soares, embalado pela bênção do bispo, e cavalgando-a, exclamou, trágico e grandíloquo:
«Quero morrer como vivi: com dignidade».
E é bem provável que, ao ouvi-lo, o bispo tenha comentado para si: vá lá, não abuses, a dignidade não é para aqui chamada: contenta-te em morrer como viveste...
No decorrer do debate, Soares, no seu jeito parlapatão e sem-vergonha, desnudou-se numa sucessão de sensacionais confissões.
A dada altura, confessou: «Não fui tocado pela fé, mas sou um homem de esperança» - e o bispo, com um gesto breve, incitou-o a prosseguir.
Entusiasmado, Soares confessou-se discípulo de S. Paulo e da sua prática de «amor ao próximo» - e o bispo, com um breve inclinar de cabeça, pediu mais.
Soares não se fez rogado e exibiu o teor da sua esperança:
«a esperança no homem, numa utopia que nos conduza a um mundo melhor, com mais liberdade e menos violência e em que sejamos todos iguais»;
«a esperança na política que, para mim, nunca foi uma forma de ganhar a vida, pelo contrário: sempre foi política com P grande, actividade nobre do espírito humano com vista ao bem dos outros».
Foi então que o bispo, passando do gesto ao verbo, o abençoou: «o dr. Soares é, de facto, homem de esperança. Manteve-se sempre fiel a ideais humanistas, lutou por um regime onde todos pudéssemos caber. E mesmo quando tentaram cercear-nos as liberdades, ele nunca desistiu».
E foi então que Soares, embalado pela bênção do bispo, e cavalgando-a, exclamou, trágico e grandíloquo:
«Quero morrer como vivi: com dignidade».
E é bem provável que, ao ouvi-lo, o bispo tenha comentado para si: vá lá, não abuses, a dignidade não é para aqui chamada: contenta-te em morrer como viveste...
8 comentários:
Grande charlatão, hã? Faz-se valer da boa fá do público recomendando os seus próprios méritos e erudição... bah
bjs
Sílvia MV
Vou sou fazer uma pergunta estupida: São Paulo era cobrador de impostos do Império Romano, não era?
Daí percebe-se que ele seja seguidor, estão na mesma linha, é fartar vilanagem e depois vêm os arrependimentos e as lágrimas de crocodilo.
Beijos
Soares e Clemente estão bem um para o outro. Ambos são charlatães. Dizem que há falta de padres. E de bispos?!... Não faltam candidatos. Sabem quantos bispos há na diocese do Porto entre residenciais, auxiliares e resignatários?!...
Sempre gostei destes textos, entre a ficção científica e o realismo fantástico.
Pena que os dois actores não tenham revelado o autor...
Abraço
Já agora o desejo dele podia ser cumprido rapidamente, como ele tanto deseja...
Um beijo grande
... com confissãozinha e extrema unção...
Soares está a trabalhar para ter um lugarzinho no CÉU.
Amén!
um abraço
SMV: para ele, ele é o maior...
Um beijo.
Ana Camarra: eu acho que ele citou mal...
Um beijo.
Antuã: eu não sei, mas presumo que não falte por lá gente dessa...
Um abraço.
samuel: e segredo é ouro...
Um abraço.
Maria: se é esse o seu desejo...
Um beijo grande.
do zambujal: que descanse em paz...
Um abraço.
Hilário: e é capaz de o alcançar...
Um abraço.
Enviar um comentário