O COMUM DA TERRA
(A Vasco Gonçalves)
Nesses dias era sílaba a sílaba que chegavas.
Quem conheça o sul e a sua transparência
também sabe que no verão pelas veredas
da cal a crispação da sombra caminha devagar.
De tanta palavra que disseste algumas
se perdiam, outras duram ainda, são lume
breve arado ceia de pobre roupa remendada.
Habitavas a terra, o comum da terra, e a paixão
era morada e instrumento de alegria.
Esse eras tu: inclinação da água. Na margem
vento areias mastros lábios, tudo ardia.
Eugénio de Andrade
7 comentários:
Ainda as suas palavras são lume!
beijos
Retrato magnífico, cintilante!
Sabes dos dias em que os olhos chovem quando lêem alguns nomes? E os nós ficam na garganta e o coração apertado?
... é que chegou o tempo de todas as emoções...
Um beijo grande
"Na margem
vento areias mastros lábios, tudo ardia."
Final impressionante!
Ouçam a nova música da Banda Zé Ninguém:
Corrupção
Corrupção em Portugal
Não vai nada nada mal
Este país é a loucura
Está pior que uma ditadura
O governo é uma piada
Nem o circo tem tanta palhaçada
Este país à beira mar
Vamos todos afundar
Por isso eu digo não
Por isso eu digo não
À corrupção
À corrupção
E depois, quem vai pagar!
Andamos todos a brincar!
Nem o gato nem o cão!
Eu aposto um milhão
Autarquia fraudulentas
Presidentas pestilentas
Sabem de quem estou a falar
Ou é preciso explicar?
Senhoras e senhores:
Bem vindos a Portugal!
O País mais corrupto da Europa!
Mais corrupto da Europa!
Não tenha medo, aqui ninguém vai preso!
Ninguém vai preso!
Mais corrupto da Europa!
Mais corrupto da Europa!
Este país é uma demência
É uma grande decadência
Autarquia fraudulentas
Presidentas pestilentas
E depois, quem vai pagar!
Andamos todos a brincar!
Nem o gato nem o cão!
Eu aposto um milhão
Por isso eu digo não
Por isso eu digo não
À corrupção
À corrupção
Banda Zé Ninguém
www.myspace.com/bandazeninguem
Lindo!
Vasco, em cada dia que passa dá mais força, à nossa luta.
GR
Para todos:
25 de Abril sempre, fascismo nunca mais!
Abraços e beijos.
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