Um jornal de hoje noticia que «devido à crise, Aznar perdeu o emprego de assessor da empresa britânica Centauro Capital».
Esta assessoria era um dos muitos e bem remunerados «empregos» oferecidos ao ex-primeiro-ministro espanhol pelos bons serviços prestados enquanto foi governante, e é claro que a perda deste tacho em nada afecta a vida da família Aznar - família abençoada, como se sabe, por muitas outras caudalosas fontes de rendimento da mesma proveniência da assessoria agora perdida.
No entanto, a notícia recordou-me - e por isso aqui a refiro - esse velho hábito do velho sistema capitalista que consiste em pagar bem aos governantes que o servem bem.
Como temos visto, regra geral a paga é feita em três tempos: antes, durante e depois da governação.
Antes, criando as condições necessárias para que os ditos governantes sejam «eleitos democraticamente»;
durante, acenando-lhes com o depois...;
e depois, distribuindo-lhes os trinta (milhares de milhões de) dinheiros através de altos cargos em conselhos de administração de grandes empresas, em assessorias (seja lá isso o que for...) e em mil outras formas de pagamento - todas altamente remuneradas.
E mesmo tendo em conta que este negócio de compra/venda é um todo nas suas três partes constitutivas, diz-nos a realidade que a terceira fase - o depois - é, de longe, a mais rentável - de tal forma que, como já é uso dizer-se, melhor do que ser governante é ter sido governante.
Olhem para eles, cá: Dias Loureiro, Jorge Coelho, Pina Moura... - isto para citar apenas três, entre centenas de casos.
Olhem para eles, lá: Clinton, Blair, Aznar... - isto para citar apenas três, entre milhares de casos.
Tudo gente que, aos diversos níveis e nas devidas proporções, governou ao serviço dos interesses do grande capital, e nessa governação se governou... - e para atingir esse duplo objectivo, esfacelou, trucidou, matou tudo o que se lhe opôs: direitos humanos, seres humanos... tudo o que foi necessário.
E, como não podia deixar de ser numa «democracia de mercado», todos estes negócios são feitos de acordo com as «leis do mercado» e segundo as normas da «democracia» em vigor, ou seja: sem ponta de vergonha.
Esta assessoria era um dos muitos e bem remunerados «empregos» oferecidos ao ex-primeiro-ministro espanhol pelos bons serviços prestados enquanto foi governante, e é claro que a perda deste tacho em nada afecta a vida da família Aznar - família abençoada, como se sabe, por muitas outras caudalosas fontes de rendimento da mesma proveniência da assessoria agora perdida.
No entanto, a notícia recordou-me - e por isso aqui a refiro - esse velho hábito do velho sistema capitalista que consiste em pagar bem aos governantes que o servem bem.
Como temos visto, regra geral a paga é feita em três tempos: antes, durante e depois da governação.
Antes, criando as condições necessárias para que os ditos governantes sejam «eleitos democraticamente»;
durante, acenando-lhes com o depois...;
e depois, distribuindo-lhes os trinta (milhares de milhões de) dinheiros através de altos cargos em conselhos de administração de grandes empresas, em assessorias (seja lá isso o que for...) e em mil outras formas de pagamento - todas altamente remuneradas.
E mesmo tendo em conta que este negócio de compra/venda é um todo nas suas três partes constitutivas, diz-nos a realidade que a terceira fase - o depois - é, de longe, a mais rentável - de tal forma que, como já é uso dizer-se, melhor do que ser governante é ter sido governante.
Olhem para eles, cá: Dias Loureiro, Jorge Coelho, Pina Moura... - isto para citar apenas três, entre centenas de casos.
Olhem para eles, lá: Clinton, Blair, Aznar... - isto para citar apenas três, entre milhares de casos.
Tudo gente que, aos diversos níveis e nas devidas proporções, governou ao serviço dos interesses do grande capital, e nessa governação se governou... - e para atingir esse duplo objectivo, esfacelou, trucidou, matou tudo o que se lhe opôs: direitos humanos, seres humanos... tudo o que foi necessário.
E, como não podia deixar de ser numa «democracia de mercado», todos estes negócios são feitos de acordo com as «leis do mercado» e segundo as normas da «democracia» em vigor, ou seja: sem ponta de vergonha.
8 comentários:
Parabens camarada!
Não é por acaso, que eles toleram e achão graça a uma certa esquerda, mas, os comunistas, a esses não lhe achão graça nenhuma, e nós sabemos porquê...e, eles tambem sabem!
abraço, do tamanho das tuas palavras!
Sem ponta de vergonha, mas muitas pontas por onde pegar... quando chegar a altura.
Certeiro, este post.
Se vergonha matasse nenhum deles morria, porque não a têm.
Mas há-de vir o dia em que.......
Um beijo grande
poesianopopular: eles acham graça ao que, para eles, tem graça e lhes convém...
Um abraço.
samuel: uma infinidade de pontas...
Um abraço.
Maria: seriam eternos...
Um beijo grande.
Fernando Samuel
Não esquecer a máxima de dar um chouriço a quem lhes dá um porco, agora para receberem chouriços desses é só imaginar a quantidade de porcos...
beijos
A corrupção já está institucionalizada no sistema capitalista.
A vergonha era verde. - Veio um burro e comeu-a.
Abraço
Rui Silva
Ana Camarra: ou, como perguntava o Garret: quantos pobres são necessários pata fazer um rico?...
Um beijo.
Antuã: ela está na essência do sistema.
Um abraço.
Rui Silva: e acabou-se...
Um abraço.
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