«Mário Soares é o pai da democracia portuguesa»: esta é uma frase frequentemente utilizada pelos comentadores políticos do sistema.
Frase que, a meu ver, tem muito de verdade: de facto, Soares, enquanto homem de mão do capitalismo internacional e enquanto secretário-geral do PS, foi uma peça decisiva da contra-revolução que liquidou a Democracia de Abril e impôs a democracia burguesa hoje dominante - com a suprema vantagem, para o grande capital, de toda a sua acção contra-revolucionária ter sido feita em nome da liberdade, da democracia, dos direitos humanos, enfim, do socialismo democrático...
Nesse sentido, e por isso, ele é, sem dúvida, um dos maiores impostores e uma das mais sinistras figuras da história de Portugal - e é, também, além de pai da democracia, pai do PS...
Vem isto a propósito do artigo de Soares publicado no Diário de Notícias de hoje onde aborda, no essencial, as mesmas questões da semana passada e da anterior e da anterior: Obama/mudança, a crise e a saída da crise - chegando sempre às mesmas conclusões que, naturalmente, são as que mais interessam ao capitalismo.
Desta vez, o pretexto foi o Fórum Social Mundial e a presença ali de «Chefes de Estado, como Lula da Silva, Hugo Chávez, Evo Morales, quase todos latino-americanos, mais ou menos radicais».
Informa o «pai da democracia» que esses Chefes de Estado «se manifestaram violentamente contra o capitalismo financeiro especulativo» - coisa que ele considera correcta, porque «esse tipo de capitalismo morreu»,..
Informa o pai do PS, depois, que esses Chefes de Estado se pronunciaram «em favor do socialismo».
E, num sobressalto, logo pergunta: «Mas que socialismo?» - e, categórico, logo responde:
«Não, seguramente, o socialismo de tipo soviético» - esse, nunca!...
Finalmente, assumindo a dupla e complementar postura de pai da democracia e pai do PS - e como que dirigindo-se aos «Chefes de Estado mais ou menos radicais» - atira: «Do socialismo democrático não gostam. Então, qual?»
E lendo isto, concluí para mim que Mário Soares talvez nunca tenha sido tão claro na demonstração de que o seu querido «socialismo democrático» não passa de um filho querido do seu capitalismo...
Frase que, a meu ver, tem muito de verdade: de facto, Soares, enquanto homem de mão do capitalismo internacional e enquanto secretário-geral do PS, foi uma peça decisiva da contra-revolução que liquidou a Democracia de Abril e impôs a democracia burguesa hoje dominante - com a suprema vantagem, para o grande capital, de toda a sua acção contra-revolucionária ter sido feita em nome da liberdade, da democracia, dos direitos humanos, enfim, do socialismo democrático...
Nesse sentido, e por isso, ele é, sem dúvida, um dos maiores impostores e uma das mais sinistras figuras da história de Portugal - e é, também, além de pai da democracia, pai do PS...
Vem isto a propósito do artigo de Soares publicado no Diário de Notícias de hoje onde aborda, no essencial, as mesmas questões da semana passada e da anterior e da anterior: Obama/mudança, a crise e a saída da crise - chegando sempre às mesmas conclusões que, naturalmente, são as que mais interessam ao capitalismo.
Desta vez, o pretexto foi o Fórum Social Mundial e a presença ali de «Chefes de Estado, como Lula da Silva, Hugo Chávez, Evo Morales, quase todos latino-americanos, mais ou menos radicais».
Informa o «pai da democracia» que esses Chefes de Estado «se manifestaram violentamente contra o capitalismo financeiro especulativo» - coisa que ele considera correcta, porque «esse tipo de capitalismo morreu»,..
Informa o pai do PS, depois, que esses Chefes de Estado se pronunciaram «em favor do socialismo».
E, num sobressalto, logo pergunta: «Mas que socialismo?» - e, categórico, logo responde:
«Não, seguramente, o socialismo de tipo soviético» - esse, nunca!...
Finalmente, assumindo a dupla e complementar postura de pai da democracia e pai do PS - e como que dirigindo-se aos «Chefes de Estado mais ou menos radicais» - atira: «Do socialismo democrático não gostam. Então, qual?»
E lendo isto, concluí para mim que Mário Soares talvez nunca tenha sido tão claro na demonstração de que o seu querido «socialismo democrático» não passa de um filho querido do seu capitalismo...
13 comentários:
Claro que seria muito mais simpático ter um quaquer domesticado Sócrates ou Blair à frente desses países. Aí sim, o socialismo, (democrático,pois claro!)estaria assegurado.
Estes populistas são mesmo uns chatos!
Abraço
Claro que seria muito mais simpático ter um quaquer domesticado Sócrates ou Blair à frente desses países. Aí sim, o socialismo, (democrático,pois claro!)estaria assegurado.
Estes populistas são mesmo uns chatos!
Abraço
É mais "o padrasto". Era coisa até para dar um filme...
Pois é!
O pai da democracia burguesa que o Capital impôs através do golpismo no 25 de Novembro deve pregar o "socialismo da caridadezinha cristã". Deus sabe como a Maria é uma beata e apesar de "laico", nunca se afasta o Mário das batinas... Do cónego Melo ao padre Vitor Malícias. Enfim...
Desta vez só deixo o abraço, porque quanto ao M. Soares... é melhor nem dizer nada.
De repente fiquei enjoada. Não com o teu post, mas com nomes e frases que li por aqui... é sempre o mesmo, é um "arroto" (com perdão para o dito).
Um beijo grande para ti
(e cuida o fígado...)
Nem mais Fernando Samuel, que SINISTRA FIGURA
Um Abraço
Palavras certeiras. Sobre este figurão, que nunca te doam os dedos!
Gostei particularmente de ler o que afirmaste sobre a democracia de Abril e a democracia burguesa.
Na verdade, é indispensável saber onde estamos para melhor saber para onde queremos ir.
Forte abraço.
Este facínora não tem vergonha. Ele é pai da corrupção e de outras "jóias" da sua democra-cia.
Pois há pais e paizinhos, antes orfã...
Uma boa análise.
Mais não digo, quando leio esse nome, tudo de mal me vem à cabeça.
GR
Que se apresente como pai ou padrasto ou lá o que for, vá que não vá. Mas... quem é a mãe? Esta democracia teria sido concebida nalgum bordel?
a democracia desse senhor está á vista de todos. A cia está implementada em quase todos os paises do mundo...
Enviar um comentário