Em título de 1ª página, o Diário Económico de hoje noticia que Américo Amorim, o «homem mais rico de Portugal não escapa à crise».
Tal título serve para nos lembrar que a crise toca a todos; que nem o «homem mais rico» escapa, vejam bem!; que temos que estar preparados para os necessários e indispensáveis sacrifícios...
Também em título de 1ª página, o Jornal de Notícias como que complementa o título anterior: «Homem mais rico do país está a despedir».
Tal título serve para nos lembrar que, face à crise, os despedimentos são inevitáveis, vejam bem, até o homem mais rico» é obrigado a despedir!, ele bem não queria, coitado, mas não teve outro remédio, é a crise...
Quer isto dizer que, em torno destes dois títulos e das notícias que se lhes seguem, gravita o essencial da ofensiva ideológica em curso, a qual diz aos trabalhadores que é necessário interiorizarem a crise e aceitarem as fatalidades e as inevitabilidades dela decorrentes; que não vale a pena os sindicatos andarem para aí a organizar greves, manifestações, lutas; que essas coisas a que dizem ter direito, são inadmissiveis e inaceitáveis na situação actual, visto que, estando o país mergulhado numa grave crise, todos os bons patriotas têm o dever de juntar forças para responder à crise, em vez de andarem por aí, de cartilha leninista na mão, a atiçar ódios de classe, a prégar contra o suposto carácter opressor e repressor do capitalismo e a anunciar o socialismo como suposta única alternativa - e recorrendo a práticas que, bem vistas as coisas, configuram cenários inequivocamente terroristas...
Posto isto, aceitemos como verdade absoluta que (como desde há centenas de anos nos tem sido dito) ricos e pobres sempre houve e há-de haver, e sejamos solidários com o nosso concidadão Amorim e com todos os que, como ele, devido à crise, vivem o drama pungente de verem as suas fortunas não aumentar ou até - ó tragédia! - diminuir...
Tal título serve para nos lembrar que a crise toca a todos; que nem o «homem mais rico» escapa, vejam bem!; que temos que estar preparados para os necessários e indispensáveis sacrifícios...
Também em título de 1ª página, o Jornal de Notícias como que complementa o título anterior: «Homem mais rico do país está a despedir».
Tal título serve para nos lembrar que, face à crise, os despedimentos são inevitáveis, vejam bem, até o homem mais rico» é obrigado a despedir!, ele bem não queria, coitado, mas não teve outro remédio, é a crise...
Quer isto dizer que, em torno destes dois títulos e das notícias que se lhes seguem, gravita o essencial da ofensiva ideológica em curso, a qual diz aos trabalhadores que é necessário interiorizarem a crise e aceitarem as fatalidades e as inevitabilidades dela decorrentes; que não vale a pena os sindicatos andarem para aí a organizar greves, manifestações, lutas; que essas coisas a que dizem ter direito, são inadmissiveis e inaceitáveis na situação actual, visto que, estando o país mergulhado numa grave crise, todos os bons patriotas têm o dever de juntar forças para responder à crise, em vez de andarem por aí, de cartilha leninista na mão, a atiçar ódios de classe, a prégar contra o suposto carácter opressor e repressor do capitalismo e a anunciar o socialismo como suposta única alternativa - e recorrendo a práticas que, bem vistas as coisas, configuram cenários inequivocamente terroristas...
Posto isto, aceitemos como verdade absoluta que (como desde há centenas de anos nos tem sido dito) ricos e pobres sempre houve e há-de haver, e sejamos solidários com o nosso concidadão Amorim e com todos os que, como ele, devido à crise, vivem o drama pungente de verem as suas fortunas não aumentar ou até - ó tragédia! - diminuir...
9 comentários:
Fernando Samuel
Coitado, o que a crise obriga o senhor a fazer, tadinho!
beijos
E os milhões que o homem perdeu na bolsa? Francamente não têm um mínimo de compaixão. Eu até estou a pensar organizar um RichAid para socorrer estes pobres capitalistas.
Abraço
Tenho uma pena dele... e de todos os outros que também vão despedir trabalhadores porque estão a ganhar menos do que esperavam, e no entanto ainda ganham milhões.
Isto é completamente IMORAL!
Pode ser que esta crise sirva para muitos mais ganharem consciência...
Um beijo grande
Não faltam para aí "empresários" que já estão a aproveitar-se deste clima criado e a cavalgar a crise, fazendo uma verdadeira chantagem , exigindo apoios e subsídios em troca da manutenção de postos de trabalho.
A menos que eu seja ainda mais desconfiado do que penso que sou...
Abraço
Ainda ontem a RTP dizia que o Amorim ia "dispensar" "colaboradores". A ofensiva ideologica assume estes traços que a mim, pessoalmente, me irritam bastante, enfim...
Quanto à fortuna do Amorim acho que já era tempo de o governo inventar um plano qualquer para impedir que esta seja afectada, não vá o homem perder uns milhões.
Se o Grupo Amorim está a ter uma atitude de oportunismo e prepotência, mais uma vez o (des)governo mostra a sua irresponsabilidade inqualificável, de um desrespeito total.
Não só os trabalhadores são atirados para o flagelo do desemprego, como o nosso (pouco) dinheiro continua a voar para as mãos, do grande capital.
Em comunicado do Conselho de Ministros de 4 de Janeiro de 2007 (Portal do Governo) podemos ler várias celebrações de investimento do G. Amorim
…
4. Contrato de Investimento, a celebrar entre o Estado Português, a Corticeira Amorim, SGPS, S. A., a Amorim & Irmãos, SGPS, S. A., e a Amorim & Irmãos, S. A., que tem por objecto a expansão e modernização da unidade industrial desta última sociedade, localizada em Santa Maria da Feira
O investimento em causa supera os 17,7 milhões de euros, prevendo-se a criação de 30 postos de trabalho e a manutenção dos actuais 1293. Está, ainda, previsto o alcance de um valor acrescentado acumulado de cerca de 277,6 milhões de euros no final de 2012, ano do termo da vigência do contrato.
O mês passado o G.A fez uma grande inauguração de mais uma nova unidade de reciclagem, com a presença do PS.
Dizem que o desemprego na Feira já ultrapassa mais de 6000 (cortiça, papel e calçado).
Uma vergonha! para além do grave problema social.
Desculpa, não ter sido mais sucinta.
GR
Ele já indicou o NIB para onde devemos enviar as nossas contribuições?
Se os trabalhadores a que eles agora chamam "colaboradores" não tomarem consciência, eles e as suas famílias passarão fome negra de todo o tipo enquanto estes vampiros se banqueteiam. Esta dos "colaboradores" é ideologicamente anestisiante e é bom que fique claro que colaborador é aquele que trabalha com e não aquele que trabalha para....
Estou cheio de pena. Que tal uma campanha da "Popota" para ajudar o senhor, tem um filho para criar!
Ele e o Sócrates, O QUE TUDO SABE, merecem o mesmo tratamento pia e depois puxar o autoclismo, afinal eles a mesma M...a
Um abraço, já enevado com o rumo que o País está a levar empurrado por este desgoverno
O Merceeiro Honesto
Enviar um comentário