Tudo indica que vão manter-se por muito tempo as dúvidas sobre a concretização, de facto, da «mudança» e da «esperança» anunciadas por Obama.
Os que acreditam, tendem a ver em cada gesto do Presidente dos EUA um sinal - e assim vão mantendo acesa a chama...
Entretanto, cresce o número dos que, à cautela, sublinham o volume e a dimensão dos problemas com os quais Obama se debate e as dificuldades em superá-los.
É o caso, por exemplo, do Presidente Lula da Silva que, ontem, aludindo à complexidade da «crise mundial», referia que «o nosso querido companheiro Obama está com um "pepinaço" na mão».
E deitando cá para fora tudo o que lhe vai na alma, o Presidente do Brasil, de olhos postos no céu, confessou: «Rezo por ele mais do que por mim, para que ele consiga encontrar uma saída para os Estados Unidos, e quem sabe isso ajude a resolver o problema de outros países».
Estou em crer que a prece de Lula da Silva será parcialmente atendida - Obama vai «encontrar uma saída para os Estados Unidos» - mas que daí não decorrerá qualquer ajuda à resolução do «problema de outros países» - bem pelo contrário.
Isto porque, como nos diz a lógica do imperialismo, «o que é bom para os EUA, é bom para o mundo», mas - isto digo eu - o que é bom para o mundo não é (ou raras vezes é) bom para os EUA...
E a verdade é que, nesta questão básica essencial, nada indica que esteja no horizonte a mínima hipótese de «mudança» - bem pelo contrário.
A propósito, recordo aqui a resposta dada por Paco Ibañez, há cerca de um mês, quando lhe perguntaram com que esperança via a vitória de Obama:
«Não, esperança nenhuma. Como vai Obama mudar algo se vai governar um país que é, em si, imperialista e se construiu sobre massacres, crimes e ocupações, em todo o mundo? Os centros do poder são exactamente os mesmos e se ele não os respeitar vai voltar a ser só um negro. Entendes? Não é nada pessoal contra Obama, é uma questão estritamente dos Estados Unidos. Não, nenhuma esperança. Não enganemos mais as pessoas que já são suficientemente enganadas».
Mais palavras para quê?
Os que acreditam, tendem a ver em cada gesto do Presidente dos EUA um sinal - e assim vão mantendo acesa a chama...
Entretanto, cresce o número dos que, à cautela, sublinham o volume e a dimensão dos problemas com os quais Obama se debate e as dificuldades em superá-los.
É o caso, por exemplo, do Presidente Lula da Silva que, ontem, aludindo à complexidade da «crise mundial», referia que «o nosso querido companheiro Obama está com um "pepinaço" na mão».
E deitando cá para fora tudo o que lhe vai na alma, o Presidente do Brasil, de olhos postos no céu, confessou: «Rezo por ele mais do que por mim, para que ele consiga encontrar uma saída para os Estados Unidos, e quem sabe isso ajude a resolver o problema de outros países».
Estou em crer que a prece de Lula da Silva será parcialmente atendida - Obama vai «encontrar uma saída para os Estados Unidos» - mas que daí não decorrerá qualquer ajuda à resolução do «problema de outros países» - bem pelo contrário.
Isto porque, como nos diz a lógica do imperialismo, «o que é bom para os EUA, é bom para o mundo», mas - isto digo eu - o que é bom para o mundo não é (ou raras vezes é) bom para os EUA...
E a verdade é que, nesta questão básica essencial, nada indica que esteja no horizonte a mínima hipótese de «mudança» - bem pelo contrário.
A propósito, recordo aqui a resposta dada por Paco Ibañez, há cerca de um mês, quando lhe perguntaram com que esperança via a vitória de Obama:
«Não, esperança nenhuma. Como vai Obama mudar algo se vai governar um país que é, em si, imperialista e se construiu sobre massacres, crimes e ocupações, em todo o mundo? Os centros do poder são exactamente os mesmos e se ele não os respeitar vai voltar a ser só um negro. Entendes? Não é nada pessoal contra Obama, é uma questão estritamente dos Estados Unidos. Não, nenhuma esperança. Não enganemos mais as pessoas que já são suficientemente enganadas».
Mais palavras para quê?
10 comentários:
Fernando Samuel
Está tudo dito.
Não acredito que Obama tenha varinha de condão, nem acredito caso a tivesse que a quisesse usar o deixasse,.
Beijos
E no entanto ele continua a criar esperanças nos mais incautos...
é caso para mandar um recado ao Lula, "fia-te na virgem e não corras"...
E Paco Ibañez sempre lúcido!
Um beijo grande
Muito bom este texto. quem tiver ouvidos para ouvir ouça.
Parece-me que é "estrutural" em vez de "estritamente".
A citação de Paco Ibañez pode ser vista aqui:
http://ocastendo.blogs.sapo.pt/551503.html
Li essas declarações do Paco Ibañez. Em cheio!
Ana Camarra: a vsrinha de condão: isso era dantes...
Um beijo.
Maria: ou: fia-te no obama e vais ver o que te acontece...
Um beijo grande.
Antuã: e quem tiver voz que fale...
Um abraço.
jorge: sim, é mais provável que seja «estrutural».
Um abraço.
samuel: tão bom a falar como a cantar...
Um abraço.
Mudança, mesmo, nenhuma...
Abraço
Eles habituaram-se a falar de mudança, para manterem tudo como antes!
Quem gostar de se iludir, que se iluda, mas depois não diga que não foi avisado!
Abraço
"A galopar, a galopar, hasta enterrarlos en la mar"
Abraço
ludo rex: pelo menos no que é essencial, nenhuma!...
Um abraço.
poesianopopular: é preciso avisar toda a gente...
Um abraço.
Aristides: ou isso...
Um abraço.
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