POEMA

CELA 1


Aqui estou neurasténico
como um cão
danado a lamber a salgada
crosta das velhas feridas.

E em que língua
e com que rosto
aos meus filhos órfãos de pai
eu vou dizer que se esqueçam?


José Craveirinha

13 comentários:

samuel disse...

Infelizmente, doi mais, mas é necessário que lembrem...

Anónimo disse...

É dura a vida no cárcere... Uma Luta constante.
Abraço

Ana Camarra disse...

Sem palavras, demolidor.

Anónimo disse...

É pá, conhecia muito mal o Craveirinha poeta. Conhecia mais o autor de pequenos contos. Tem sido uma revelação. Obridado. Grande abraço.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
João Filipe Rodrigues disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
João Filipe Rodrigues disse...

Nota:

Os comentários de Álvaro Magalhães e minha resposta, foram eliminados deste post, uma vez que estão duplicados, nada tendo a ver com o post em causa.

Os mesmos poderão ser encontrados no post "BRANQUEAMENTOS..." publicado em 29 de Outubro de 2008.

João Filipe Rodrigues

Justine disse...

Esquecer não. Nunca.Duríssima e bela esta poesia, como um diamante

Maria disse...

Esquecer nunca!
Outro poema, belíssimo, do Craveirinha. Que bom!

Um beijo grande

Anónimo disse...

Quem pode algum dia esquecer...!!
A memória existe!

beijo
ausenda

Anónimo disse...

Esquecer sería renegar o passado, de luta, dando a vida pela vida!
Abraço

Anónimo disse...

O Tal de Magalhães será o computador TIM TIM?!

Os poemas que nos tens oferecido, sõa lindos, também eu te agradeço, não conhecia o Craveirinha, vê bem como sou ignorante
Vamos lembrar juntos Carlos de Oliveira, pode ser?

Salmo

A vida
é o bago de uva
macerado
nos lagares do mundo
e aqui se diz
para proveito dos que vivem
que ador é vã
e o vinho
breve


Um abraço da Lagartinha de Alhos Vedros