POEMA

CAPOEIRA


Sacudindo subitamente o silêncio e o sono, um galo
anunciou alegremente a madrugada.
E bom será declará-lo:
aquilo não foi um canto, foi um grito
vibrado como um dardo. Um grito
lúcido, largo, límpido como a madrugada.

Na impossibilidade de ser julgado o galo
o dono vai responder pelo delito.

Mais nada.


Sidónio Muralha

2 comentários:

trepadeira disse...

Pois é,na Guarda,como não são capazes de julgar os donos,do galo e não só,julgam o galo,matam-no e enterram-no.

Um abraço,
mário

Eduardo Miguel Pereira disse...

Um galo sem poleiro ... é preciso ter "galo" !