Não há dúvida: o Magalhães é um poço de surpresas. Tecnológicas. Exclamativas e interrogativas. E o mais que se verá.
Começou por ser - surpresa! - um «projecto português, produzido em Portugal no âmbito do Plano Tecnológico» - facto que, por si só, projectou o nosso País e o sábio Governo de José Sócrates para lugares cimeiros da investigação científica à escala planetária...
Depois, passou a ser - surpresa?... - aquilo que, ao que parece, é: afinal, «tirando o nome, o logotipo e a capa», o Magalhães já existia desde 2006, produzido... fora de Portugal - facto que, por si só, recolocou Portugal e o Governo de José Sócrates nos lugares que lhes são devidos.
Há dias, o primeiro-ministro José Sócrates elevou a parada e - surpresa! - declamou: «O Magalhães não é uma estrela que caíu do céu, mas um dos mais visíveis resultados do movimento de modernização que atravessa o País» - e falou naquele tom convicto que usa sempre que dá notícias sobre o estado paradisíaco que (graças à sábia política do seu sábio Governo e de braço dado com o movimento de modernização) atravessa o País...
Última notícia (até ver...): «O computador Magalhães está a ser fornecido pela empresa JP Sá Couto sem que exista qualquer contrato entre esta e o Estado. Para efectuar negócios com o Estado, as empresas têm que ter a situação fiscal regularizada, o que não acontece com a JP Sá Couto, que está envolvida num processo de fraude fiscal em fase de julgamento» - surpresa?...
Mentira, falsidade, demagogia, fraude, desrespeito pela inteligência, pela sensibilidade e pelos direitos dos portugueses: tudo isto encontramos no processo Magalhães - o que faz dele um retrato perfeito do Portugal de Sócrates.
15 comentários:
O Magalhães é de facto a imagem desta governação.
Uma coisa aparentemente nova, que afinal já existia, genuina, que afinal não é tanto, clara, com zonas cinzentas escurissimas, moderna, nem por isso, diferente? Direi mais do mesmo.
Impressionante é ver que estas coisas ditas muitas vezes quase que começam a ser aceites como verdades.
beijos
Desta vez nem peguei nesta (mais uma) história do Magalhães para escrever fosse o que fosse, senão ainda passo por ser um tipo paranóico... logo eu, que sou a "serenidade" em forma de gente... mas lá que é uma história fantástica, isso é! Que virá a seguir???
ana camarra: repetir uma mentira tantas vezes quantas as necessárias para...
Um beijo.
samuel: o que virá seguir é... pode ser tudo...
Um abraço.
Por tudo isso lhe chamam, e muito bem, o "magalhofa"....
Um beijo grande
A bem dizer, é tudo uma galhofa...
só é pena ser verdade...
Outro beijo
maria: pois é: o mal, o grande mal, está em ser verdade.
Um beijo grande.
O mal que este governo nos está a fazer é que vulgarizou de tal forma os casos dignos de indignação que nós,por fim, já nem nos indignamos. Encolhemos os ombros, indiferentes e acrescentamos: mais uma do Sócrates!
Há sempre um Magalhães à altura dum Sócrates português.
Canalhada atrás de canalhada... E o país a sofrer...
Um Abraço
aristides: e esse é um perigo grande, sem dúvida.
Um abraço, camarada.
antuã: e um sócrates á altura de um magalhães português...
Um abraço.
ludo rex: é a cambada à solta...
Um abraço.
Quando falo em Magalhães só me ocorre, que a minha filha anda no 1º ciclo - vai ter direito a um computador! Mas não tem direito a auxiliares de educação que garantam que ela possa estar em segurança na escola nos intervalos dos momento lectivos (por exemplo no periodo da hora do almoço) e a sua professora tem de se desdobrar em dois níveis porque o ministério considera que se são 22 alunos só podem ter uma professora!!! Desconfio que uma boa parte destes meninos não vai conseguir aprender a ler e a escrever...para que lhe servirá então um computador??? para brincar?
maria gantes: essas são, de facto, as grandes questões...
Obrigado pela visita e pelo comentário.
a minha filha chama-lhe o "migalhões". Sem querer e numa palavra ela conseguiu bem traduzir o que corresponde este grande projecto: um negócio de amigos e que envolve milhões!
As crianças na sua sabedoria!
maria gantes: exemplarmente definido...
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