AFORISMO
Havia uma formiga
compartilhando comigo
o isolamento
e comendo juntos.
Estávamos iguais
com duas diferenças:
ela não era interrogada
e por descuido podiam pisá-la.
Mas aos dois intencionalmente
podiam pôr-nos de rasto
mas não podiam
ajoelhar-nos.
José Craveirinha
(Cela 1)
11 comentários:
Excelente!
A resistência a falar sempre mais alto. 'Eles podem até tirar a minha vida, mas nunca a minha liberdade'
Abraço
Outros existem apenas para viver ajoelhados, é uma questão de dignidade!
Abraço
Muito bonito!
Até nos podem tirar a liberdade, mas a dignidade só se deixarmos...
O peso faz curvar
a impotência perante o algoz
faz revoltar
a ansia de justiça
liberta-nos
de todo o peso!
Beijo, amigo
ausenda
Excelente este poema de José Craveirinha.
"De pé, como deve ser quem é"
Um beijo grande
Lindo, é com estes saberes que cada vez sinto mais orgulho naquilo que faço e no que defendo.
Sempre de pé
Um Abraço
Belíssimo aforismo! Grande Craveirinha!
belíssimo.
Para todas e todos: vou continuar com o José Craveirinha durante mais uns dias.
Beijos e abraços.
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