EU PRESTIDIGITADOR EMÉRITO
Dia de minha visita.
Eu a dizer trivialidades à Maria
e ela a compreender nas entrelinhas.
O Stélio de um lado
o Zeca do outro
e uma vigilante
dupla de gajos
de serviço.
Mas eu prestidigitador emérito
fazia chegar ao seu destino
tesouros de sigilo
em papelinhos
dobrados.
Se um dos execráveis gajos
por acaso me tivesse interceptado
restaria alguém para contar
isto?
José Craveirinha
14 comentários:
Fica-se sem fôlego!
Vem do peito um tremor e os punhos cerram-se humidos.
É isto que gente do meu tempo, gente de sangue quente, com memória e que sabe onde é seu lugar sente, depois de ler o poema
Cravo de Abri, ainda bem que tens uma boa biblioteca, continua a passar boa poesia.
Aqui fica um bocadinho da minha colaboração.
"Quando a corja topa da janela
O que faz falta
Quando o pão que comes sabe a merda
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta"
Boa Noite e já agora para ti também fatia de bolo de mel ou chocolate, da avó Ilda do Valegas
Um abraço da Lagartinha de Alhos Vedros
Fernando Samuel
Esta do bolo da avó Ilda tem a a ver com os meus escrevinhanços...
Quanto ao poema, fenomenal, mais, o tal titulo é mesmo teu, oficialmente és "O Apresentador de Poetas Fantásticos á Ana Camarra".
Obrigado Amigo
Um Beijo Camarada
A luta e a resistência na clandestinidade... os tempos de hoje fazem-me pensar noutros temos que não queremos que voltem...
Um beijo
Há sempre alguém que está lá se não a História não se fazia.
RITUAIS (21 )
Em cada lugar um orago.
As esperanças deixadas sempre
nos mesmos locais quando
precisavam voar.
Segredos, recolhimentos,
formas de pedir sem se saber.
Assim se atendam e estendam
essas intenções quem
as recolher.
Francisco de Brito
Só restaria alguem, para não contar!
E tu sabes que assim era!
Abraço
Felizmente houve muitos mais... muitos mais prestidigitadores a passar tesouros em papelinhos que alimentaram de sonhos as gargantas que inventaram muitos tesouros cantados, alimentaram de coragem os tesouros de milhares de punhos levantados, soldados madrugadores...
Mas seria uma grande pena não ter os belos tesouros do Craveirinha!
Abraço
Há sempre alguém que o possa contar...
Abraço
lindo
Saudações amigas
Haveria certamente, mas o contar dele é tão pungente...
Prestidigita(revolu)ção!
Estes Zés, o Craveirinha e os outros, que contam sempre, mesmo quando os riscos eram/são tantos.
Um grande abraço pelo que contas (e não só)
Quanta resistência
Quanta coragem
Quanta imaginação
pra passar a mensagem!
Quanta inspiração do mestre Craveirinha
Beijo amigo
Ausenda
Um Homem, um Heroi, um dos nossos
José Magro
Chegada a Peniche
O ar tranquilo que tem isto aqui
ao por do sol calado e branquinho
monte de herdade? capela a dormir?
ah não senhor
um jazigo de vivos.
Este é meu contributo, nesta tarde, para o blogue da poesia
A Lagartinha de Alhos Vedros
E a imaginação precisa para fazer chegar aos destinos tesouros de sigilo...
Belíssimo, Craveirinha.
Abraço
Lagartinha: o Zeca vem (quase) sempre a propósito.
Um beijo amigo.
ana camarra: eu calculei que aquilo tivesse a ver com os teus escritos - e sei bem por que é que calculei...
Um beijo amigo.
maria: e porque não queremos que voltem é necessário não os esquecermos, nem deixarmos que sejam esquecidos.
Um beijo grande.
maria teresa: essa é uma outra visão (de cá de fora) do destino das mensagens...
Um beijo amigo.
poesianopopular: felizmente os pides não apanharam o papelinho...
Abraço grande.
samuel: há muitos e desses muitos cada um é um...
Um abraço grande.
ludo rex: há, mas rigorosamente o que cada um conta só a ele aconteceu...
Abraço grande.
c valente: obrigado pela visita.
Abraço amigo.
justine: e é dele...
Um beijo.
do zambujal: um grande abraço pelo que contamos.
Ausenda: parabéns pela tua inspiração.
Um beijo.
Lagartinha: excelente contributo!
Obrigado.
Um beijo.
lúcia: era necessário muita, muita imaginação.
Um abraço.
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