SINAIS DOS TEMPOS

LUTAR É O CAMINHO

Ontem houve Colóquio. Tema: «Terrorismo e Segurança». Participantes (entre outros): Adriano Moreira, que foi ministro do fascismo e Rui Pereira, que é ministro do Sócrates.

Disse Rui Pereira que «Portugal está à espera de uma directiva comunitária para transpor para o direito português um novo crime: apologia do terrorismo»; e que «temos toda a legitimidade para punir a apologia do terrorismo»; e que «tudo começou verdadeiramente com o 11 de Setembro»...
Palavras para quê?: é um eco de Bush em acção.

Conhecido que é o conceito de «terrorismo» do Governo de que este ministro faz parte, temos razões - muitas, muitas, muitas! - para pensar que estamos na iminência de mais um atentado à liberdade e à democracia, vindo precisamente daqueles que, há três semanas, o ministro Santos Silva incensava como campeões-da-liberdade-com-provas-dadas.
Porque, como é sabido, o conceito de «liberdade» da família «socialista» integra acções do mais cruel e bárbaro terrorismo - como a ocupação e destruição (à custa de centenas de milhares de vítimas inocentes) do Iraque, do Afeganistão, da Jugoslávia, etc, etc, etc. - e tudo indica que o conceito de «apologistas do terrorismo» dessa mesma família abarca todos os que condenam e lutam contra esses crimes em massa.

Trata-se de um sinal - e bem elucidativo - dos tempos que vivemos: é o terrorismo dominante a julgar e condenar todos os «terroristas» que se lhe oponham - tal como em tempos passados julgou e condenou os «terroristas» que lutavam pela libertação dos seus países (Angola, Guiné, Cabo-Verde, Moçambique); ou esses outros «terroristas» que combatiam o «democrático» regime do apartheid; ou, para não irmos mais longe, esses terríveis «terroristas» que combatiam a «democracia» salazarista (sempre apoiada, recorde-se, pelos EUA, pela Grã-Bretanha, pela RFA, pela França...).

O «jornalista» do DN presente no Colóquio, numa peça que mais parece um relatório de um agente da PIDE, pergunta (a quem?...) se o PCP - criticando «o regime fascizante» de Uribe» e transmitindo «aos companheiros, aos familiates e aos amigos de Raúl Reyes as condolências dos comunistas portugueses» - não estará a fazer «apologia do terrorismo» - tanto mais que, lembra o «jornalista», «nas listas da UE e dos EUA, as FARC (das quais, continua o «jornalista» a lembrar, o PCP «já permitiu propaganda na sua festa do Avante!») são consideradas uma organização terrorista». Logo...
Aqui fica, a negrito, o nome completo deste «jornalista» que, obviamente, se enganou na profissão que escolheu: João Pedro Henriques.

São estes os tempos que vivemos - tempos do terror e do crime institucionalizados; tempos em que, em nome da «liberdade» e da «democracia», se instala a opressão e a repressão.

Por isso mesmo, tempos em que a luta pela liberdade e pela democracia se impõe como imperativo incontornável para TODOS os que recusam a tirania e a opressão.
Tempos em que LUTAR É O CAMINHO.

6 comentários:

Antonio Lains Galamba disse...

"pergunto ao vento que passa..."

Fernando Samuel disse...

antonio lains galamba: pois...
Abraço grande.

GR disse...

Adriano Moreira ministro do fascismo.
Rui Pereira ministro do fascista.

Ainda bem que não assisti a esse medonho Colóquio.
Entristece-me esta situação, de 24 de Abril!
Nunca desanimo! Cresce uma força comigo (connosco)
Por essa razão arranjo mais força, para gritar!
Por essa razão arranjo mais força para Lutar!

A Luta é o Caminho!

GR

Anónimo disse...

O Adriano Moreira é fascista e o resto é conversa. O dito jornalista não passa dum lacaio miserável. coitados não sabem que o Homem continua a pensar e portanto a lutar. É tempo de mandar esta gentinha dar uma volta. Mas para onde se eles assassinam o ambiente estejam onde estejam?!...

Anónimo disse...

É o que faz ouvir os "jornalistas" das rádios e televisões do Capital. Esta do Estejam onde estejamé mesmo à mário soares. Rectifico para estejam onde estiverem.

Fernando Samuel disse...

gr: mais força para gritar, mais força para lutar: é isso!

antuã: este «jornalista» está mais vocacionado para bufo do que para qualquer outra profissão.