POEMA


À CAL DE UM MURO...



À cal de um muro encosto a língua
para cauterizar uma afta.
Depois, por gratidão, na alvura dele
traço uma pomba e, a grandes letras,
escrevo a palavra liberdade.


Armindo Rodrigues

4 comentários:

Maria disse...

A melhor inscrição que um muro pode ter...

Um beijo grande.

Bolota disse...

Escrevo a palavra liberdade
Com palavras garrafais
Neste mundo de vaidade
Não passamos d´animais

samuel disse...

Que coisas fantásticas é possível fazer quando conseguimos sarar algumas feridas!...

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

Faz-me lembrar o Aragon(?), ou o Paul Éluard. Muito me esqueço dos nomes!!!!! Mas é o nosso grande Armindo Eodrigues!!!!!

Um beujo.