O SORRISO
Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.
Eugénio de Andrade
(«O outro Nome da Terra» - 1988)
6 comentários:
Pode ser que haja uma maneira mais bonita de descrever um momento feliz... mas não é fácil!
Abraço.
E eu deixo um sorriso misturado com um abraço!
Esta maneira de sorrir que o Eugénio de Andrade descreve com tanta méstria -tem uma força irresistível!
É pena que nem todos tenham a capacidade de fazer uso.
Abraço
samuel/amigona avó e a neta princesa/ poesianopopular: quem há aí capaz de resistir a um tal sorriso?...
Abraços e beijo.
Ninguém consegue resistir, ninguem.
Será talvez a maneira mais feliz de se morrer...
Um beijo grande
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