POEMA

ALENTEJO


O camponês alargou o braço
à cintura redonda da distância.

As palavras que tinha
subiam da cisterna da memória
encontraram a saliva na boca
todas se desfizeram na saliva.

Depois, José Luís cuspiu-as para a terra
brandamente
como se entregasse um filho
a sua mãe.


Mário Castrim

8 comentários:

  1. Neste Alentejo... Neste Alentejo...
    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Ou como se ele próprio o desse à luz...

    Abraço.

    ResponderEliminar
  3. A Reforma Agrária cantada pelo Castrim - uma certa forma de cantar...

    Um beijo grande
    (que memórias boas!)

    ResponderEliminar
  4. Adoro os poemas do Castrim que publicas. Então os relativos ao Alentejo.......!!!!!!!!!nem dá para falar.Entram em nós. Abraços.

    ResponderEliminar
  5. Ludo rex: onde a luta continua!
    Um abraço.

    samuel: exacto!
    Um abraço.

    Maria: o Alentejo, a luta, o futuro...
    Um beijo grande.

    Justine: e belas!
    Um beijo.

    Graciete Rietsch Monteiro Fernandes: não tenho conseguido acesso à caixa de comentários do teu blog - vou continuar a tentar.
    Um beijo amigo.

    ResponderEliminar
  6. A terra é mãe

    abraço com poejos, coentros e hortelã da ribeira

    ResponderEliminar
  7. Ana Camarra: ah!, com esses cheiros o abraço é muito mais gostoso.
    Um beijo.

    ResponderEliminar