POEMA

MÁQUINA DO MUNDO


O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto é a matéria.

Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.


António Gedeão
à(s)

4 comentários:

  1. Justine22 de novembro de 2011 às 16:33

    Voltar sempre a ele, ao poeta-cientista! Inesgotável:))))

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  2. Olinda22 de novembro de 2011 às 23:43

    Muito apropriado este belo poema de Gedeao.Foi com ele que aprendi a gostar de poesia.

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  3. Graciete Rietsch23 de novembro de 2011 às 10:07

    Gedeão é Grande. Físico,professor, cientista, poeta, escritor, conhecendo exatamente o mundo em que vivia e vivemos, deixa-nos neste poema o pretexto para que preenchamos o vazio destas política que rivaliza com o vazio do Universo.

    Um beijo.

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  4. Fernando Samuel23 de novembro de 2011 às 16:20

    Justine: e sempre actual..
    Um beijo.

    Olinda: tiveste um bom professor...

    Graciete Rietsch: é isso mesmo.
    Um beijo.

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