MATURIDADE CÍVICA

O Presidente da República prossegue a sua operação de venda de Portugal aos capitalistas dos EUA.
Fá-lo em discursos à sua cavacal maneira: em mau português e com uma sem-vergonha sem margens.
Assim, ao mesmo tempo que vai vendendo pedaços de Portugal ao desbarato, ao preço da uva mijona, oferece aos capitalistas compradores todas as garantias : as ordens da troika serão cumpridas integralmente e os portugueses farão todos os sacrificios necessários a tal cumprimento - porque, disse ele, ontem, nos EUA, «tenho confiança na maturidade cívica dos portugueses»...

Para Cavaco Silva, então, «maturidade cívica» significa prescindir de todos os direitos de cidadania e aceitar alegremente a política de direita e anti-patriótica que ele e os seus pares levam à prática, servindo fielmente os interesses do grande capital.
Ou seja, aceitar alegremente o desemprego e a precariedade, a destruição de serviços públicos essenciais, o roubo nos salários e nos subsídios de Natal e de férias, o roubo de direitos fundamentais conquistados à custa de muitas e difíceis lutas - e aceitar como coisa patriótica e inevitável os aumentos dos lucros dos grandes grupos económicos e financeiros.

E assim sendo, muito há-de ter sofrido Cavaco Silva - e muito enraivecido terá ficado - ao saber das poderosas lutas levadas a cabo nos últimos dias pelos trabalhadores portugueses dizendo «não!» ao pacto das troikas, lutas que valem pela força demonstrada e pelo que significam em termos de estímulo e de preparação da grande Greve Geral de 24 de Novembro: a fortíssima e participadíssima luta dos trabalhadores do sector dos Transportes; a giganteca manifestação dos trabalhadores da Administração Pública que ontem encheu Lisboa de luta; as múltiplas acções, por iniciativa de diversas comissões de utentes, em defesa dos serviços públicos - e a impressionante manifestação dos militares.

Em todos estes casos, sim, os que participaram nestas lutas revelaram uma enorme MATURIDADE CÍVICA - precisamente porque fizeram o oposto do que Cavaco diz que deviam fazer...

12 comentários:

  1. Isto já não é democracia,porque em democracia o povo é quem mais ordena.
    Estes desgovernantes salteadores, são parte do povo, porque a parte maior não os elegeu.
    A globalização asselarou a luta de classes, cada vez mais é necessário saber-se qué é quem porque o fascismo está aí com os dentes bem arreganhados.
    Quem estiver atento, sabe que assim é.
    abraço

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  2. Manandão,

    Sou dos que estou atento e dai achar que as manistações pacificas não nos levam a lado nenhum. Tanto asim que até Cavaco caga postas ao enaltecer a mancidão do seu povo ( rebanho)

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  3. "... Aqui ninguém me diz quando me vendo
    a não ser os que eu amo os que eu entendo
    os que podem ser tanto como eu.

    Aqui ninguém me põe a pata em cima
    porque é de baixo que me vem acima
    a força do lugar que fôr o meu."

    Abraço.

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  4. Samuel,

    Para dar-mos a volta a isto precisamos mais que isso. Temos de partir para a acção e se calhar a acção fisica. Não faço ideia como nem que consequencias pode ter, mas...


    Abraços

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  5. A maturidade cívica (na luta de massas!) contra a senilidade cínica... mesmo de alguma jumentude nos lugares de secretários de Estado!

    Um abraço

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  6. O país não está em saldo.Vamos expulsar os caixeiro-viajantes e dar o poder ao povo.

    Um abraço,
    mário

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  7. E vamos continuar a fazer exactamente o que ele não quer!

    Um beijo grande.

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  8. Muitos desejariam que as lutas fossem com sangue, até o Cavaco gostaria, a Troyca adoraria. Viria a repressão e a desordem. As lutas podem e devem ser organizadas como tem acontecido, depois…a situação dirá e as Organizações também, como devemos actuar. Até lá, milhares de manifestantes nas ruas são para eles, um grave problema.

    Bjs,

    GR

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  9. As manifestações organizadas e pacíficas como até hoje tem acontecido, fazem estremecer o poder que nos desgoverna. E alguns resultados se conseguem!!!!!!
    Lá chegará o dia de outro tipo de luta e então os verdadeiros resistentes não deixarão de estar presentes.

    Um beijo.

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  10. Claro! A maturidade cívica protege o cidadão contra as mentiras da "democracia de fachada", não o leva a deixar-se condicionar por elas!
    Abraço!

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  11. José Manangão: pois sabe...
    Um abraço.

    samuel: o Zé Carlos sabia como era...
    Um abraço.

    sérgio ribeiro: a jumentude tomou o poder...
    Um abraço.

    mário: vamos a isso...
    Um abraço.

    Maria: não há outro caminho.
    Um beijo grande.

    Pedro Bergano: não me espanta...
    obrigado pela visita e pelo comentário.

    GR: e a Greve Geral que aí vem é um problema ainda maior...
    Um beijo.

    Graciete Rietsch: como sempre estiveram...
    Um beijo.

    Maria João Brito de Sousa: maturidade cíviva é isso.
    Abraço.

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