sempre sul

Nas romãs abertas, junto do linho do lume,
amanhecem gregárias,
todas as esperanças do mundo.

Nos pés descalços sobre a serradura dos dias
Caminham, lentamente, todas as amarguras dos homens
Buscando em cada sílaba a revolução perfeita
Para a linguagem das metamorfoses
Engrenagens da justiça de que
Comunistas
Fazemos a certeza do pão.

Sob o suco do grão amam os bichos.
Lanternas apontadas à geração
que virá. Cumprir o mês das flores
silenciado sob o óculo dos iscariotes.

Casa das glicínias, 14 de Outubro de 2011
lains de ourém

6 comentários:

  1. As lanternas sempre apontadas à geração que virá!

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  2. Uma forma muito bonita de se dizer 'fazer o que tem de ser feito'...

    Beijo.

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  3. Gostei muito do poema. É dirigido à luta, mas também à esperança.

    Um beijo.

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  4. Caro António Galamba,

    Mostre este video ao Fernando Samuel:

    http://www.uruknet.info/?p=m82277&hd=&size=1&l=e

    (ou então, procure no site da Uruknet, na parte sobre a Líbia... Our Zero Hour)

    O povo está a revoltar-se contra a CNT, o novo governo e os mercenários "rebeldes". As imagens mostram os verdadeiros resistentes a rasgar uma bandeira do rei Idris (aquela que foi imposta pela NATO).
    Chamam-lhe a nova hora zero.
    Oxalá, seja o princípio de uma verdadeira resistência e que os chamados "media", como alguns meninos de blogs (ditos de esquerda, tipo 5 dias e arrastão) engulam este tremendo sapo.

    Um abraço

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  5. LINDO!
    Esperança no futuro escrita por um jovem é muito importante.

    BJS,

    GR

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