POEMA

E ONDE PARAM OS DESAPARECIDOS?


E onde param os desaparecidos,
os mortos enterrados sem ritos,
em silêncio, no escuro?

Que madeira tiveram para os seus caixões?
Que rezas amigas, que flores de homenagem?

Onde pára a sua seiva, a fonte de energia
que levou a noite a suprimi-los?

Terão eles a resposta?

É preciso encontrá-los, esses mortos.


Egito Gonçalves

6 comentários:

  1. Vivem na memória... e alguns têm a estranha mania de caminhar ao nosso lado...

    Abraço.

    ResponderEliminar
  2. Ensinaram-nos como saliva e como estimular o salivar da besta. Contribuiram para a plasticidade fenotípica essencial para a evolução da espécie.

    Abraço

    ResponderEliminar
  3. Sim! vivem na nossa memória.

    BJS,

    GR

    ResponderEliminar
  4. E afinal estão tão perto de nós. Tão presentes.

    Um beijo grande.

    ResponderEliminar
  5. São a nossa raiva e a nossa força!

    ResponderEliminar
  6. samuel. e nós, a estranha mania de os querermos connosco...
    Um abraço.

    Mário; são as referências essenciais da nossa coragem.
    Um abraço.

    GR: e estão connosco na luta de todos os dias
    Um beijo.

    Maria: nós somos eles, eles são nós...
    Um beijo grande.

    Justine: as nossas bandeiras..
    Um beijo.

    ResponderEliminar