POEMA

(Testamento de um fuzilado.)


«Não me falem de fé!

Eu não preciso de fé!

Basta-me morrer de frente
- nesta camaradagem
com todos os mortos de mãos dadas
que desde o princípio do mundo
não quiseram morrer inutilmente...

Fé? Fé?
Eu não preciso de fé!

Basta-me morrer de pé
num desdém de sol nascente.»


José Gomes Ferreira

3 comentários:

  1. Nada me ocorre em relação a este poema ,dada a sua grandiosidade.

    Um beijo.

    ResponderEliminar
  2. Infelizmente, são muitos mais os que o não conseguem fazer... nem mesmo como sol poente... apenas juntam trevas às trevas.

    Abraço.

    ResponderEliminar
  3. Graciete Rietsch: e assim disseste tudo...
    Um beijo.

    samuel: é bem verdade...
    Um abraço.

    ResponderEliminar